Fiemt faz crítica à Jurupari e diz que o setor de base florestal está parado
A Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) encaminhou nota à imprensa nesta quarta-feira (2) em que tece críticas à Operação Jurupari, deflagrada pela Polícia Federal em 21 de maio contra crimes ambientais, e alerta que o setor florestal de base está paralisado no Estado.
Durante a Operação foram expedidos 91 mandados de prisão, pelo juiz da Primeira Vara Federal, Julier Sebastião. O magistrado vem recebendo críticas, acusado de cometer excessos e cunho político.
Jaldes Langer, presidente em exercício da Fiemt, em entrevista ao Olhar Direto, disse que na última sexta-feira, como de praxe, ocorreu uma reunião com 36 sindicatos da Federação de todas as partes de Mato Grosso. "Todos trouxeram reclamações e preocupações", externou.
O presidente diz que esse tipo tipo de ação como a ocorrida na Jurupari gera insegurança e instabilidade, principalmente porque o setor é totalmente dependente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para instalações e ampliações, por exemplo.
"Muitas operaçãos nos últimos tempos vêm sendo quantitativas e não qualitativas", argumenta Langer, acrescentando que todos os esforços devem ser empreendidos para que os culpados sejam punidos, mas que ações irresponsáveis não podem ser cometidas.
Confira a nota na íntegra:
Pautada pela legalidade e defensora da postura ética no setor industrial, a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso é favorável a toda ação legítima de defesa de interesses, que tenha como objetivo oferecer celeridade e credibilidade aos trâmites legais, o que possibilita a indústria mato-grossense trabalhar com competitividade e de forma sustentável.
Contudo, a entidade repudia as eventuais ações midiáticas promovidas por órgãos do Poder Judiciário e representantes de autoridades policiais que não apresentam resultados efetivos para a sociedade e prejudicam aqueles que trabalham seguindo os preceitos legais, como o exemplo da operação ‘Jurupari’, que desde a sua deflagração paralisou o setor de base florestal no Estado.
A falta de um resultado efetivo denigre a imagem de Mato Grosso perante a opinião pública nacional e lesa o setor que é responsável pela geração de milhares de empregos. Setor este que contribui de forma significativa para o crescimento da economia mato-grossense. A sociedade somente será beneficiada quando a justiça efetivamente punir os culpados e devolver tranquilidade a todos que atuam dentro da legalidade.
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