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Economia
Quarta - 02 de Junho de 2010 às 08:12

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Governo brasileiro enxerga a necessidade de uma padronização das informações do segmento
O governo brasileiro está preocupado com a falta de transparência no setor de cartões de crédito e está de olho em uma padronização das informações nos moldes do que está sendo elaborado nos Estados Unidos, Costa Rica e México. A informação foi expressa pelo coordenador geral de comunicação da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, Marcelo Ramos, durante audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara, para tratar do tema. "O Ministério da Fazenda acha isso importante", declarou.

De acordo com o coordenador, o assunto já está sendo debatido no ambiente internacional, onde há muita preocupação com o uso do dinheiro de plástico e, por isso, começa a surgir a necessidade de normas específicas. "Educação financeira pouco sofisticada pode levar uma pessoa a ter problemas sérios", considerou. "Por isso queremos aumentar e padronizar o grau de informação disponível entre emissores e consumidores, exigir que sejam fornecidas informações e que incentivem o consumidor a se portar com mais cautela", pontuou.

Ramos salientou que, no exterior, desde a crise financeira internacional de 2008, houve um aumento da preocupação com a existência de uma possível bolha no setor de cartões de crédito. "Ainda não é o caso no Brasil", disse, afirmando usar como base dados do Banco Central mostrando que, desde a recuperação econômica em 2009, a inadimplência está em queda. "Não há preocupação aqui sobre isso, mas obviamente, essa falta de transparência na relação de consumo suscita preocupações", disse.

O diretor da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Fernando Teles, afirmou durante audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara que as empresas do setor estão empenhadas em tornar o setor mais transparente. "Queremos deixar tudo mais claro para o consumidor", disse.

Ele enfatizou os benefícios do uso do cartão pelo consumidor e salientou que cerca de 25% do consumo das famílias brasileiras já se dá por meio do dinheiro de plástico.

Segundo ele, o setor trabalha na uniformização de nomenclatura, em conjunto com o Banco Central, para a identificação das tarifas. "Há um trabalho complexo desenvolvido nesse sentido. Queremos fazer com que o consumidor use seu cartão de forma consciente", afirmou.

Teles salientou que, este mês, começará a adesão dos associados ao Código de Ética formulado pela Abecs. Daqui a um ano, o cronograma prevê o cumprimento de 100% do código de autorregulação pelas empresas que adotaram o documento em suas operações. A partir de julho de 2011, se dará o início das certificações, que contarão com um selo da associação, com periodicidade anual.





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