Não foi muito tempo dedicado à discussão do assunto, mas Steve Jobs disse que a Apple está "tentando entender" os suicídios na fornecedora chinesa Foxconn, durante o evento organizado pelo blog de tecnologia do diário "The Wall Street Journal" nesta terça-feira (1º).

"Nós estamos tentando entender isso. É uma situação muito difícil", declarou. 

"É uma fábrica --mas meu Deus, eles têm os restaurantes e cinemas. Mas eles tiveram alguns suicídios e tentativas de suicídio, e eles têm 400 mil pessoas. A taxa [de suicídios] está abaixo do número dos EUA, mas ainda é preocupante."

Ele disse que a Apple está "em cima disso". "Observamos tudo nessas empresas, e a Foxconn não é uma exploradora", afirmou.

"Estamos todos debruçados nisso", disse Jobs.

O site MacStories publicou hoje algumas das respostas sobre o tema, dadas a clientes pelo executivo-chefe da Apple.

"Embora todo suicídio seja trágico, a taxa de suicídio da Foxconn é bem menor do que a média na China", escreveu Jobs, em resposta ao fã da marca Jay Yerex.
Em 26 de maio, foi registrado o décimo suicídio de um funcionário da Foxconn neste ano.

As mortes chamam atenção para as práticas de trabalho da empresa, unidade da taiwanesa Hon Hai Precision Industry, cujos clientes incluem Apple, HP e Sony Ericsson.

A Apple e outros clientes disseram que estão investigando as condições de trabalho na Foxconn, que enfrenta críticas sobre sua cultura corporativa secreta.