TRE rejeita Serys e sugere recurso na Justiça Comum

Após se negar a julgar o pedido de liminar sobre suspensão das prévias do PT, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) recomendou que o processo seja apreciado pela Justiça comum. Aliados da senadora Serys Marly (PT) alegam que houve fraude no processo de votação em 3 municípios, que escolheu o deputado federal Carlos Abicalil como o pré-candidato do partido ao Senado.

O advogado de Serys, Vilson Nery, disse que logo após ser notificado protocolará junto ao TRE dois recursos defendendo que o processo seja julgado pela Justiça Eleitoral em razão da competência e da agilidade que se faz necessária diante da proximidade da convenção partidária. Ele adianta que casos os recursos sejam negados recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ele avalia que o julgamento merece rapidez e se depender da Justiça comum demoraria anos para ser analisado. A defesa argumenta que na eleição presidencial de 2006 houve um caso semelhante que foi apreciado pela Justiça Eleitoral.

Segundo Vilson, na época, o PMDB nacional estava dividido entre o apoio a Geraldo Alckmin e a Lula e para resolver o impasse realizou prévias. "Alguns membros do PMDB entraram com pedido de anulação das prévias que foi julgado pelo TSE". O grupo pró-Serys quer que haja nova eleição com a supervisão da Justiça Eleitoral.

Discussão - Serys se reunirá nesta terça-feira (1) com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e vão discutir, principalmente, as divergências entre a senadora e Abicalil. Serys adianta que mostrará, em detalhes, ao dirigente da sigla todas as provas que possui de que as prévias foram realizadas de forma fraudulenta.

Em conversa com Dutra na semana passada, segundo a senadora, ele havia dito que após as prévias acreditava que a situação fosse ficar tranquila, mas piorou. "Disse a ele que tive o direito de disputar a reeleição cassado, pois, se tivesse feito um mandato pífio, tudo bem, mas não. Exerci um mandato digno".