Crimes chocam sociedade e envolvem drogas, briga por dinheiro e transtorno
Estado possui 13 casos de pai que tenta matar filho
A contratação de pistoleiros para matar o próprio filho, como é acusado o empresário e ex-superintendente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Francisco Serafim de Barros, 60, não é um caso isolado em Mato Grosso, que tem mais de 30 casos semelhantes nos últimos 8 anos. Os crimes de tentativas de homicídios ou assassinatos entre pais e filhos geralmente envolvem drogas, briga por dinheiro ou transtornos mentais. No Estado, foram registrados 13 casos de pais contra filhos e 17 de filhos contra pais. Serafim e o filho Fabiano Leão de Barros são acusados de planejar a morte de Fábio Cézar Leão de Barros, 40, por conta de dinheiro.
A briga começou na Justiça para que o pai devolvesse parte dos R$ 28,8 milhões ganhados na Mega-Sena por Fábio, e só não terminou em morte, conforme a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, porque a vítima saiu de Campo Grande antes de ser encontrada por pistoleiros. A disputa teve início com ação proposta por Fábio, que figura ainda como acusado de ameaça contra o pai e o irmão. (Leia mais nesta página)
O destaque do caso é relacionado a quantia de dinheiro envolvida, além de ter como protagonistas pessoas de destaque social e projeção em cargos públicos. Serafim foi superintendente do Banco da Amazônia por vários anos, e atualmente estava na superintendência da Fiemt.
Também por dinheiro, Carlos Renato Gonçalves Guimarães, o "Tato", 37, encomendou a morte do pai, o fazendeiro José Carlos Guimarães, em janeiro de 2008. Ele foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado. Tato gerenciava as fazendas Fartura e Bonsucesso e começou a desviar gado das propriedades. Embora tenha confessado o mando e contado como contratou 5 envolvidos no crime, ele alega que mandou matar o pai porque era humilhado.
Outro caso de repercussão foi o surto do caminhoneiro Roney Paes Hermsdorff, 51, em outubro de 2009. Usando uma picareta, ele matou a mulher, Rosa Marina de Souza Hermsdorff, 46, a filha, Áurea Vivianny de Souza Hermsdorff, 25, e o filho Roney Júnior. Em seguida, se matou com uma facada no peito. Somente a sogra e o neto foram poupados.
Sem motivo algum, Miguelina Miranda Muniz Índio, 31, assassinou o pequeno Leonan Bruno Índio, 5, em março de 2007 dentro de casa. Na época do crime, Miguelina assumiu ter matado o filho em uma crise de raiva, devido a falta de dinheiro para pagar o aluguel e comprar mantimentos para casa. Durante o julgamento, ela negou a autoria. Fria e cruel, ela espancou a criança até a morte, mergulhou sua cabeça em um balde e saiu para trabalhar. O corpo do menino foi encontrado pela irmã de 7 anos.
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