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MT Eleições 2014
Segunda - 31 de Maio de 2010 às 09:32
Por: Romilson Dourado

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Percival Muniz garante apoio a Mauro Mendes, enquanto Ivan Evangelista diz que sigla estará com Wilson Santos
Percival Muniz garante apoio a Mauro Mendes, enquanto Ivan Evangelista diz que sigla estará com Wilson Santos
Os presidentes do diretório estadual e do municipal de Cuiabá, respectivamente, deputado Percival Muniz e vereador Ivan Evangelista, travam uma briga interna pela definição do rumo do PPS nas eleições no Estado. Ambos já recorreram à direção nacional, sob o ex-senador Roberto Freire (PE), e apresentam versões diferentes. Percival sustenta que a legenda socialista já decidiu, por maioria absoluta, pelo apoio ao nome do empresário Mauro Mendes (PSB) na corrida ao governo estadual. Nesse caso, o próprio deputado ou sua esposa Ana Carla Muniz entraria na chapa como vice. Já Ivan garante que a orientação nacional é por coligação com o PSDB, que tem o ex-prefeito cuiabano Wilson Santos como pré-candidato a governador. Para acabar com a polêmica, a tendência é que a Nacional venha decretar intervenção, o que resultaria na dissolvição do diretório para nomeação de uma comissão provisória.

Divergências ocorrem em todos os partidos, principalmente às vésperas das convenções, mas os maiores conflitos estão dentro do PPS, PDT e PT. Qualquer que seja a decisão, dificilmente essas siglas conseguirão convergir os filiados para a unidade. As brigas entre Percival e Ivan foram para o campo pessoal e, para piorar, são motivadas por interesses pessoais. O deputado, para ser vice da chapa majoritária, vê como única chance aliança com Mendes, num bloco que conta com PSB, PDT e PV. Ivan, por sua vez, se comprometeu a conduzir a agremiação para os braços de Wilson após conseguir indicar aliados para vários cargos na prefeitura, num acordão envolvendo o petebista Chico Galindo, que tomou posse no Palácio Alencastro com a renúncia do tucano. No encontro do último sábado do bloco pró-Wilson, composto pelo PSDB, DEM e PTB, Ivan levou cerca de 50 militantes para fazer barulho. Foi o primeiro a discursar e reforçou que o PPS estará no grupo.

Com o então governador Blairo Maggi no quadro de filiados, o PPS que havia se tornado o maior partido no Estado, ocupando vários cargos eletivos, entre eles o comando de 55 prefeituras e com uma bancada de 6 deputados na Assembleia, ficou minguado com a saída de Maggi, hoje no PR. No Legislativo mato-grossense só sobrou Percival. Como o partido não consegue construir a unidade visando o pleito deste ano, a tendência é que fique mais pequeno ainda.

Ex-deputado federal constituinte e ex-prefeito de Rondonópolis por dois mandatos, Percival esteve reunido com Freire semana passada. Deixou o encontro espalhando que a aliança com Mendes estava fechada, com respaldo da Nacional e que a única condicionante seria do PPS mato-grossense apoiar o presidenciável tucano José Serra. Como foi provocado depois pelo grupo de Ivan, vereador de quarto mandato, Freire apresentou versão diferente da de Percival. Avisou que não abre mão da aliança com o tucanato. A decisão oficial, pelo visto, vai mesmo para as convenções, inclusive até sob risco de haver intervenção no diretório estadual.





Fonte: RD News

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