Dois fatores influenciaram na queda. O efeito calendário (abril teve três dias úteis a menos que março), e o fato de que as dificuldades dos negócios estão diminuindo em decorrência do aquecimento do mercado interno, que gera receitas suficientes para honrar os compromissos atuais e resgatar as pendências passadas.
No 1º quadrimestre de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009, a queda na inadimplência das empresas foi de 9%, sendo também a maior queda nesta relação desde 2004/2003, quando o recuo havia sido de 17,8%.
Na comparação de abril de 2010 com abril de 2009, a inadimplência das empresas registrou decréscimo de 6,5%. Foi o menor percentual na comparação anual desde abril de 2004. No quarto mês daquele ano, a queda foi de 22,2% ante abril de 2003.
Cheques sem fundo
A decomposição do indicador mostra que a queda na inadimplência das empresas em abril foi puxada pelo menor volume de títulos protestados (-22,1%), que contribuiu com recuo de 8,9% na variação mensal. Os cheques devolvidos por falta de fundos (CCF), recuando 18,4% no mês de abril, deram a segunda maior contribuição, com recuo de 6,8%.
Recuperação
As empresas estão conseguindo se recuperar graças ao forte crescimento da economia brasileira, apoiado na demanda das famílias. A oferta de crédito às empresas ainda não se normalizou desde a crise financeira, de forma que o caixa, o capital próprio, tem sido determinante para a condução estratégica dos negócios.
A perspectiva é de que a inadimplência das empresas continue em queda por todo o segundo semestre, buscando seu patamar histórico. A oferta de crédito tende à normalização gradual.
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