Polícia Federal investiga prostituição de modelos e dançarinas de TV
A Polícia Federal desmontou um esquema de prostituição que envolve modelos e dançarinas de TV que ganham cachês de até R$ 20 mil por programa, segundo informa reportagem de Flávio Ferreira publicada na edição deste domingo da Folha.
Diálogos interceptados pela PF mostram a rede de prostituição de luxo, descoberta em uma operação de 2009, durante a operação Harém. A operação chegou a ser divulgada pela PF no ano passado, mas agora a Folha teve acesso às escutas que mostram detalhes do filão mais lucrativo da quadrilha: o das "famosas" da TV e de revistas. E também de seus principais clientes: políticos, empresários e jogadores de futebol.
Em uma ligação, uma famosa assistente de palco de TV relata a uma agenciadora detalhes do programa que lhe rendeu R$ 10 mil.
Em outra ligação, um agenciador diz que um governador está interessado em uma dançarina de um programa de TV. Outra aliciadora diz que não seria possível, pois ela estava "namorando um playboyzinho".
Das 12 mulheres indicadas como testemunhas de acusação pelo Ministério Público, três aparecem nas telas da TV e duas já foram capa de revistas masculinas.
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Operação Harém |
De acordo com a PF, o esquema era liderado por Yzamak Amaro da Silva, conhecido como "Mazinho", e Luiz Carlos Oliveira Machado, o "Luiz da Paulista". Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas à Justiça por quatro crimes ligados à exploração da prostituição, além de formação de quadrilha.
Segundo investigações da polícia, as mulheres mais conhecidas exigem programas em hotéis de luxo e determinam a posição da relação sexual, por exemplo, para se prostituírem. Um resort na República Dominicana envolvido no esquema criou um manual de conduta para as brasileiras que frequentam o hotel.
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