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Economia
Domingo - 30 de Maio de 2010 às 13:13
Por: Marcondes Maciel

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Principal termômetro de crescimento da economia, o PIB (Produto Interno Bruto) estadual apresentou incremento médio de 9,9% entre 1995 a 2007, período de abrangência do último estudo realizado pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) para traçar um comparativo da evolução industrial do Estado com a de regiões vizinhas.

“É um crescimento bastante expressivo, não vejo outro estado crescendo tanto assim. Quem cresce dois dígitos por ano é só a China”, afirma o presidente da Fiemt, Jandir Milan. O estudo aponta que, no mesmo período, a média brasileira de crescimento do PIB foi de 3,4%. “Quase três vezes mais, daí a expressão ‘ritmo chinês’”. O PIB representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região.

Ainda de acordo com a pesquisa, o PIB per capita em Mato Grosso, no mesmo período, avançou em média 9,02% ao ano, ante a média brasileira de 1,84%. Mato Grosso está em sétimo lugar no ranking nacional dos melhores PIBs. E, segundo Milan, a tendência é aumentar ainda mais esta participação, já que a renda deve crescer em ritmo bem mais acelerado nos próximos anos. Ele informou que a remuneração média do mato-grossense aumentou para R$ 1,218 mil em 2009.

“O melhor lugar do Brasil para se trabalhar e investir hoje é Mato Grosso. Estamos no caminho certo, só precisamos melhorar a nossa logística”, disse ele.

EVOLUÇÃO - O PIB de Mato Grosso, especialmente nesta década, sofreu um forte impulso apoiado sobre a boa performance do agronegócio. Em 2002, por exemplo, o PIB era de R$ 20,94 bilhões, saltando para R$ 35,28 bilhões em 2006 e R$ 42 bilhões em 2007, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelas projeções da Secretaria de Estado de Fazenda, o PIB de 2008 foi de R$ 45,97 bilhões.

O comportamento do PIB estadual sofreu variações nos anos de 2003 (33,18%), 2004 (32,53%) e 2005 (1,37%), especialmente no que tange ao agronegócio. Embora em 2006 o PIB do Estado tenha registrado uma retração de 4,6%, o acumulado até agora demonstra crescimento de 68,48% no valor monetário.

É importante considerar que 2006 foi o ano mais agudo da crise no agronegócio, motivada pela queda dos preços internacionais das principais commodities agrícolas (soja, milho, algodão e carne), elevado grau de endividamento agrícola, desvalorização cambial, elevação dos custos dos insumos e a crise no setor madeireiro.

O ano de 2006 foi atípico, sofrendo a influência negativa de vários fatores que comprometeram o desempenho da economia local. Cerca de 70% do PIB está atrelado ao agronegócio, que é a força motriz da economia mato-grossense e, naquele ano, foi atingido de várias formas, inclusive, com uma crise de renda no campo.

Em 2007, fatores interno fizeram a economia reagir, voltando a registrar crescimento ao ritmo chinês, recuperando a capacidade de investimento, geração de empregos e instalação de novas indústrias.

Pelas projeções da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), o PIB de 2009 fechou em R$ 46,37 bilhões, devendo avançar para R$ 49,80 milhões, este ano.

Na avaliação dos técnicos da Sefaz, o expressivo crescimento do Produto Interno Bruto é fruto da política de incentivos, conjugado aos investimentos feitos na logística do Estado, “principalmente na pavimentação de rodovias e no atendimento da demanda de energia elétrica”.






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