Thelma é uma das poucas representantes do sexo femino na Câmara e a única mulher mato-grossense eleita em 2006 para federal; Serys também é a única mulher a representar MT no Senado
Siglas ainda patinam para que as mulheres preencham 30% das vagas
O PR, assim como os outros partidos, encontra dificuldades para cumprir a legislação e destinar 30% das vagas das chapas proporcionais à Assembleia Legislativa e Câmara Federal às mulheres. Todos estão a caça delas, mas a tendência é que a exemplo de outras eleições o índice fique em torno dos 15%. “Apesar de termos muitas militantes mulheres. na hora de disputar uma vaga elas recuam”, avalia o secretário-geral do PR, Emanuel Pinheiro, pré-candidato a deputado estadual. Para ele, o baixo número de mulheres na política está relacionado com o inconsciente na cabeça delas.
Embora mais da metade da população do país seja do sexo feminino, faltam aspirantes à política. Poucas se arriscam e obtém sucesso. Apesar disso, milhares militam dentro das siglas em um partido quase paralelo, tendo, inclusive uma executiva para nortear os trabalhos. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, a participação feminina tem sido baixa: em 1998 representavam 10,3% das candidaturas; em 2002, 11,4% e, em 2006, 12,7%. São oito vagas destinadas a Mato Grosso e apenas uma mulher foi eleita: Thelma de Oliveira (PSDB).
No Senado encontramos Serys Marly, que também ocupa espaço privilegiado e conseguiu se articular dentro da Casa para participar de comissões e emplacar projetos. A partir do próximo ano não haverá nenhuma mulher. Todos os pré-candidatos a senatória são homens: Pedro Taques (PDT), Blairo Maggi (PR), Carlos Abicalil (PT) e Antero Paes de Barros (PSDB).
Já na Assembleia somente duas das 24 cadeiras são ocupadas por mulheres: Vilma Moreira dos Santos (PSB) e Chica Nunes (DEM). Mesmo num quadro adverso, as vagas existem. Para a Assembleia Legislativa, por exemplo, se o PR e o PMDB, que já estão fechados, coligarem na proporcional, poderão ter 48 candidatos a uma das 24 vagas. Destes, 14 terão de ser mulheres. Segundo Emanuel, a expectativa é de que a sigla emplaque pelo menos dois deputados federais, seis estaduais e o nome de Maggi ao Senado no pleito.
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