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MT Eleições 2014
Domingo - 30 de Maio de 2010 às 08:18
Por: Romilson Dourado

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O cacique do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, prepara um movimento de bastidores, numa ação com o seu afilhado político Totó Parente, para lançar ao Senado o ex-deputado e ex-superintendente do Incra-MT, advogado Elarmin Miranda. Essa foi a estratégia encontrada pela velha safra do partido para pressionar tanto o governador Silval Barbosa, que busca a reeleição, quanto Blairo Maggi, líder nas intenções de voto para o Senado. O ato deve ocorrer na próxima semana e, se não for contido, pode provocar racha na base governista, já que os nomes colocados à senatória são de Maggi e do deputado federal Carlos Abicalil (PT).

Com o nome de Elarmim colocado como alternativa peemedebista à chapa majoritária, o grupo que se sente excluído de cargos pelo Palácio Paiaguás pretende deixar acuado a dupla Silval-Maggi e, assim, abrir, na marra, negociação para o advogado. A intenção é emplacar Elamin como primeiro-suplente, de preferência de Maggi. O bloco aceita também vaga para suplência de Abicalil, que aparece empatado tecnicamente com Antero de Barros (PSDB) na corrida às duas vagas que serão abertas para representação de Mato Grosso no Congresso Nacional.

A decião por lançar Elarmin surgiu no decorrer da semana. Embora não admita publicamente, o ex-vereador por Cuiabá Totó Parente, que vem agindo também em sintonia com o pré-candidato a governador Mauro Mendes (PSB), voltou a bater no seu colega de legenda, governador Silval. Na reunião, disse que o chefe do Executivo continua agindo como um "banana", não abre espaço para os "companheiros de sigla" na administração e "faz o jogo que o Blairo quer" e, para piorar, não segue as diretrizes do PMDB. Foi a partir dessas discussões que a velha guarda sugeriu lançar o nome de Elarmin para provocar discussão na base governista sobre projetos majoritários. Mesmo considerando Maggi uma "pessoa difícil para negociar", inclusive por já se considerar eleita, os peemedebistas capitaneados por Bezerra e Totó vão exigir participação na chapa.

Não será uma tarefa fácil. Em meio a uma série de sugestões, Maggi já tem praticamente definido o seu primeiro-suplente. Trata-se do ex-secretário de Projetos Estratégicos e ex-prefeito de Nova Marilândia, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (ex-DEM e hoje PR). Cidinho presidiu a Associação Mato-Grossense dos Municípios por duas vezes e estava em pré-campanha a deputado estadual quando recebeu convite do ex-governador para compor a chapa. A direção estadual do PR tenta avocar para si essa discussão, com o propósito de indicar Moisés Sachetti à primeira-suplência, mas essa estratégia, pelo visto, surgiu tarde demais. Só restaria para Elarmin a segunda-suplência na chapa de Maggi, condição que o "velho PMDB" não demonstra interesse.

No caso de Abicalil, não existe definição de nomes. Dentro do PT quatro se inscreveram para as duas vagas. O deputado posterga a definição, que deve ocorrer mesmo nas convenções do próximo mês. As vozes do "velho PMDB" não têm ecoado no Paiaguás por razões estratégicas. Silval conta com pesquisas qualitativas que mostram alto índice de rejeição a figuras como de Totó e Bezerra e, por isso, decidiu mantê-los à distância. Não quer ser contaminado por mais desgaste. Seus assessores consideram que o governador já enfrenta problemas demais, principalmente depois dos escândalos sobre compra superfaturada de maquinário e as prisões de membros da administração estadual por causa de crimes ambientais.





Fonte: RD News

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