Foi em um abrigo em Presidente Prudente (SP) que Maíra Luiza Bueno realizou o sonho de reencontrar a família. Segundo relato da avó à Secretaria Municipal de Assistência Social, ela foi sequestrada aos 7 meses por uma vizinha, em Piraquara (PR). Desde então, a trajetória da jovem foi conturbada.
Ainda bebê, ela teria sido levada a um lar para crianças e adotada aos 4 anos. A família adotiva, no entanto, devolveu Maíra aos 12 anos. Do abrigo, ela foi levada ao Centro de Referência da População Migrante de Rua. E foi por causa de uma fuga que a coordenadora da casa, Avelina Geraldo Campos, descobriu que Maíra procurava por sua família.
“A história dela nunca foi clara para nós porque ela veio para o Centro de Referência depois de uma ordem judicial. Sabíamos apenas que ela havia sido devolvida por uma família adotiva. Um dia, no entanto, ela fugiu de nossa casa e, ao voltar, nos contou que sonhava em encontrar a "mãe verdadeira"", diz.
Avelina resolveu ajudar. Usou as informações da certidão de nascimento de Maíra para procurar a família da adolescente. “Entrei em contato com prefeituras, secretarias de Assistência Social, e não consegui nada. Até que um dia tive a ideia de procurar no Google. Pesquisei pelos nomes da mãe e do avô da jovem, mas não encontrei. Só quando consultei pelo nome da avó é que encontrei um cadastro no Bolsa Família”, afirma.
Por meio do cadastro foi possível descobrir que a família de Maíra morava em Campo Largo (PR). Já para localizar o endereço exato da avó da adolescente, Avelina contou com a ajuda da Secretaria de Assistência Social e o Conselho Tutelar da cidade.
A documentação de Maíra, segundo a coordenadora, levou cerca de 1 mês para ficar pronta, após a localização da família. A adolescente reencontrou a avó na quarta-feira (26), e voltou para casa.
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