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Cidades/Geral
Sábado - 29 de Maio de 2010 às 07:58
Por: Renê Dióz

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A Polícia Militar se comprometeu a finalizar e apresentar na próxima semana o inquérito sobre a morte do soldado alagoano Abinoão Soares de Oliveira, 34 anos. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, o prazo estipulado se estende até a próxima sexta-feira e, enquanto isso, os cinco policiais indiciados pelo inquérito civil serão mantidos fora das ruas, trabalhando em cargos administrativos.

Os indiciados são os policiais Moris Fidélis Pereira, Carlos Evane Augusto, Dulcézio Barros Oliveira, Antônio de Abreu Filho e Saulo Ramos Rodrigues, que participaram como instrutores do curso de Tripulante Operacional Multimissão (TOMM) oferecido pelo governo estadual na região de Manso no dia 24 de abril. Dois deles são oficiais e os demais, praças, e pertencem ao Batalhão de Operações.

Na ocasião, o aluno Abinoão teria sido perseguido, torturado e afogado pelos policiais. Desses, os tenentes Carlos Evane e Dulcézio Barros foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. Contra eles e os demais, a PM ainda analisa a possibilidade de abrir um procedimento administrativo que possa resultar em afastamento.

Além da conclusão do inquérito militar, que apurou as circunstâncias da morte de Abinoão paralelamente à investigação civil, a expectativa neste caso também se volta ao Ministério Público (MP). Mesmo de posse do inquérito civil sobre o caso, apresentado nesta semana pela delegada Ana Cristina Feldner, o MP não pode ainda atuar no caso, como no oferecimento de denúncia à Justiça contra os indiciados.

Para isso, o MP ainda aguarda ser notificado de uma polêmica decisão judicial divulgada um dia antes da conclusão do inquérito civil. A juíza Mônica Perri, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, acatou o pedido de trancamento do inquérito civil feito pelo defensor público Ademar Monteiro da Silva em nome de sete integrantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), entre eles os cinco indiciados, que participaram do curso no dia em que Abinoão foi morto.

O MP ficou sabendo de tal decisão por meio da imprensa, mas não foi notificado oficialmente ainda, daí o obstáculo para atuar no caso. Ciente da repercussão do caso, a promotora Márcia Borges Furlan inclusive explicou sua situação por meio da assessoria de imprensa, afirmando que precisa aguardar a remessa dos autos para analisar a possibilidade de recurso contra a decisão judicial.






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