O pedreiro Durval Santos, que trabalhava na casa ao lado, chegou a gravar os gritos que ouvia.
“Você é uma nojenta, fica com a roupa desse jeito, ainda vem reclamar, acha que tem direito de reclamar. Vagabunda (...) Não presta mais. A senhora de boba não tem nada", diz uma mulher na gravação.
Durval fez as gravações durante os últimos dois meses.
“Eu não conseguia trabalhar, ficava nervoso e comecei a gravar. Colocava o celular no canto e fazia as gravações”, conta.
Segundo o delegado José Antônio de Oliva, a polícia já sabia das agressões.
“Nós tivemos três denúncias anteriores. O nosso problema é que quando a gente chegava lá, nós nós não constatávamos. Ao contrário. Das vezes que nós entramos na casa, nós verificamos que a casa era higienicamente alinhada, confortável, era uma situação atípica para nós", diz o delegado.
Se condenados, o filho e a nora podem pegar até 16 anos de prisão pelos crimes de violência doméstica, maus tratos e tortura. Médicos do IML confirmaram que Paulina Mildenberger apresentava lesões causadas por agressão. Ela foi encaminhada para um asilo.
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