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Policia MT
Sábado - 29 de Maio de 2010 às 01:50
Por: Renê Dióz

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André Romeu/DC
Superintendente foi preso na 5ª-feira, na sede da Fiemt. Pistoleiros contratados foram localizados em GO
Superintendente foi preso na 5ª-feira, na sede da Fiemt. Pistoleiros contratados foram localizados em GO

O filho do superintendente da Federação das Indústrias (Fiemt), Fábio Leão de Barros, 40 anos, declarou ontem estar assustado e perturbado com a sensação de insegurança após a prisão de seu pai, Francisco Serafim de Barros, 60, no dia anterior, por supostamente tramar sua execução devido aos mais de R$ 28 milhões que Fábio ganhou na loteria em 2006. Por telefone, ele disse nem acreditar que vive tal situação, falou não ter relação com o pai, explicou a briga judicial com ele em torno do prêmio e disse que não mudará sua vida por causa do episódio.

“É complicado falar como eu estou. Eu estou assustado, inseguro, não posso nem sentar numa mesa de bar pra tomar uma cerveja, cara. O mundo está cheio de bandido, mas imaginar que tem gente te ameaçando dentro da sua própria casa? Seu pai e seu irmão?”, pergunta-se Fábio, mencionando o irmão Fabiano (também preso). Apesar de tudo, ele pondera os motivos divulgados para a prisão de ambos, supostos mentores de um plano de pistolagem para matá-lo (ver box).

Fábio explicou que jogou na loteria em 2006 numa casa do Alvorada, em Cuiabá. Quando soube que era o ganhador, preferiu a segurança de receber o prêmio no banco em Brasília. Na época, Fábio detinha apenas uma vidraçaria, em que girava algo em torno de R$ 10 mil por mês. Ele resolveu depositar os milhões na conta do pai – bancário a vida toda e, na época, diretor do Banco da Amazônia S.A em Belém (PA), Serafim era o mais indicado para administrar e fazer render a fortuna.

Entretanto, quando quis tomar conta pessoalmente do dinheiro, Fábio esbarrou na recusa do pai e só conseguiu reaver metade da fortuna. Aí, iniciou-se um embate jurídico na comarca de Juscimeira entre os dois.

Mais que isso, a partir desse momento as relações foram cortadas, um nunca mais falou com o outro e a família ficou dividida: o irmão caçula, Fabiano Leão de Barros, passou a ficar do lado do pai e a mãe ficou no meio. “Minha mãe é uma coitada. Ela ficou neutra e não me deixaram mais me aproximar. Quero cuidar dela, trazer pra perto de mim. Talvez essa seja a oportunidade”, conta Fábio, que sempre teve expectativa de encerrar a briga com o pai por meio de um acordo e nunca ouviu sequer boato sobre planos de execução contra si.

Já Serafim afirmou à polícia que tal plano seria mera armação do próprio filho, o que Fábio responde dizendo que “um delegado e um juiz não se submeteriam a uma armação. Ninguém prenderia uma pessoa como Francisco Serafim de Barros por causa de uma armação”. De qualquer maneira, Fábio afirma que não vai mudar seus hábitos e sua rotina, acuado por essa suposta ameaça. Apesar de não revelar a cidade onde se encontra agora, afirma categórico: “Quem foge é bandido”. Ele admite que matou um homem, caso pelo qual responde judicialmente e ainda não foi julgado.






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