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Elas cuidam mais da saúde, enquanto eles não frequentam o médico constantemente e ainda são líderes no quesito morte por violência
Expectativa de vida feminina cresce mais
Nos últimos 30 anos, as pessoas do sexo feminino tiveram uma ampliação da expectativa de vida maior que a alcançada pela
A mulher está vivendo cada vez mais que o homem em Mato Grosso. A constatação emerge do estudo intitulado “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Idade”, publicado na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o instituto, em 1980 a mulher mato-grossense tinha uma vida, em média, 8,83% mais longa que o homem. Em 2010, essa diferença já estava em 9,2%. Parece pouco, mas em termos demográficos representa bastante.
No início da década de 80, cada homem mato-grossense tinha a expectativa de vida ao nascer de 58,09 anos. No caso das mulheres, a expectativa era de 63,22, o que gerava uma diferença de 5,13 anos de vida a mais para o sexo feminino. Trinta anos depois, a diferença subiu para 6,4 anos: 69,54 para eles e 75,94 para elas.
Os dados mostram que os homens do Estado conseguiram elevar muito a expectativa de vida nos últimos trinta anos, mas num ritmo menor que as mulheres.
Há duas possíveis explicações para este fenômeno. A primeira é que elas cuidam mais da saúde, fato já comprovado por pesquisas do Ministério da Saúde, que recentemente lançou uma campanha publicitária incentivando o homem a procurar mais o médico.
A segunda explicação – e talvez a mais importante – é a violência em Mato Grosso, que atinge mais homens, ceifando vidas masculinas com mais frequência.
Como a pesquisa do IBGE leva em conta todas as formas de óbito para se chegar à expectativa de vida, mortes prematuras impactam de forma negativa na contabilidade final.
Curiosamente, até em Pernambuco, estado com índices de violência comparáveis com os de Mato Grosso, a expectativa de vida dos homens cresceu mais que o das mulheres no período.
A realidade mato-grossense, porém, pode ser percebida também em outros estados. Mas, na média nacional, a diferença do crescimento da expectativa de vida das mulheres em relação à dos homens é insignificante. Em trinta anos, o crescimento na expectativa de vida das mulheres brasileiras foi de 17,79%, pouca coisa acima dos homens – 17,76%.
A esperança de vida do brasileiro ao nascer, que em 1980 era de 62,52 anos, passou a 73,76 anos em 2010. O acréscimo de 11,24 anos representa um aumento anual médio de quatro meses e 15 dias. Foi observada uma redução na diferença regional ao longo desses 30 anos. O Nordeste, que tinha a esperança de vida mais baixa em 1980 (58,25 anos) teve um incremento de 12,95 anos no período, chegando a 71,20 anos, ligeiramente acima da região Norte, que anteriormente estava à sua frente (de 60,75 para 70,76 anos). Essa inversão se deve principalmente ao aumento de 14,14 anos na esperança de vida das mulheres nordestinas, que passou de 61,27 anos para 75,41, enquanto que a das mulheres da região Norte aumentou 10,62 anos, de 63,74 para 74,36 anos. A esperança de vida masculina no Nordeste (de 55,40 para 67,15 anos) também aumentou mais do que no Norte (de 58,18 para 67,57 anos), com menor evidência do que a feminina (9,39 contra 11,75 anos).
Segundo o instituto, em 1980 a mulher mato-grossense tinha uma vida, em média, 8,83% mais longa que o homem. Em 2010, essa diferença já estava em 9,2%. Parece pouco, mas em termos demográficos representa bastante.
No início da década de 80, cada homem mato-grossense tinha a expectativa de vida ao nascer de 58,09 anos. No caso das mulheres, a expectativa era de 63,22, o que gerava uma diferença de 5,13 anos de vida a mais para o sexo feminino. Trinta anos depois, a diferença subiu para 6,4 anos: 69,54 para eles e 75,94 para elas.
Os dados mostram que os homens do Estado conseguiram elevar muito a expectativa de vida nos últimos trinta anos, mas num ritmo menor que as mulheres.
Há duas possíveis explicações para este fenômeno. A primeira é que elas cuidam mais da saúde, fato já comprovado por pesquisas do Ministério da Saúde, que recentemente lançou uma campanha publicitária incentivando o homem a procurar mais o médico.
A segunda explicação – e talvez a mais importante – é a violência em Mato Grosso, que atinge mais homens, ceifando vidas masculinas com mais frequência.
Como a pesquisa do IBGE leva em conta todas as formas de óbito para se chegar à expectativa de vida, mortes prematuras impactam de forma negativa na contabilidade final.
Curiosamente, até em Pernambuco, estado com índices de violência comparáveis com os de Mato Grosso, a expectativa de vida dos homens cresceu mais que o das mulheres no período.
A realidade mato-grossense, porém, pode ser percebida também em outros estados. Mas, na média nacional, a diferença do crescimento da expectativa de vida das mulheres em relação à dos homens é insignificante. Em trinta anos, o crescimento na expectativa de vida das mulheres brasileiras foi de 17,79%, pouca coisa acima dos homens – 17,76%.
A esperança de vida do brasileiro ao nascer, que em 1980 era de 62,52 anos, passou a 73,76 anos em 2010. O acréscimo de 11,24 anos representa um aumento anual médio de quatro meses e 15 dias. Foi observada uma redução na diferença regional ao longo desses 30 anos. O Nordeste, que tinha a esperança de vida mais baixa em 1980 (58,25 anos) teve um incremento de 12,95 anos no período, chegando a 71,20 anos, ligeiramente acima da região Norte, que anteriormente estava à sua frente (de 60,75 para 70,76 anos). Essa inversão se deve principalmente ao aumento de 14,14 anos na esperança de vida das mulheres nordestinas, que passou de 61,27 anos para 75,41, enquanto que a das mulheres da região Norte aumentou 10,62 anos, de 63,74 para 74,36 anos. A esperança de vida masculina no Nordeste (de 55,40 para 67,15 anos) também aumentou mais do que no Norte (de 58,18 para 67,57 anos), com menor evidência do que a feminina (9,39 contra 11,75 anos).
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/13022/visualizar/
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