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Sexta - 28 de Maio de 2010 às 15:58
Por: Patrícia Sanches

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A defesa de Janete Riva já impetrou dois habeas corpus nesta quinta (27) questionando detalhes da investigação que culminou na Operação Jurupari e a distribuição manual do processo que deveria ter ficado em Sinop onde atua o juiz federal Charles Renauld Frazão de Moraes e acabou sendo remetido para Julier Sebastião da Silva. Os recursos impetrados no Tribunal Regional Federal, da 1ª Região, são de usurpação de competência e distribuição manual de processos. Caso sejam deferidos, todo o procedimento deverá ser anulado. O argumento utilizado na época, para que todo o processo fosse remetido ao juiz da 1ª Vara Federal, segundo o advogado de Janete, Valber Melo, é de que o caso possui ligação com a Operação Kayabi. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. No caso da Kayabi estamos falando de crimes contra índios e não ambientais”, reforçou o advogado, durante entrevista de Janete à imprensa.

Esta foi a primeira vez que ela conversou com os jornalistas após ser presa na última sexta (21), acusada de prática de crimes ambientais. Foram expedidos 91 mandados de prisão preventiva e 65 pessoas chegaram a ser presas, mas foram soltas na quarta (26) após obter habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal. Na ótica de Valber, o processo da Jurupari se enquadra na mesma situação da Operação Pacenas, deflagrada em agosto do ano passado contra pessoas envolvidas em supostas fraudes às licitações das obras do PAC em Cuiabá e Várzea Grande. Na época, o desembargador federal Torinho Neto anulou as interceptações telefônicas devido a irregularidades e redistribuiu o processo ao juiz da 3ª Vara Federal Cesar Bearsi, que arquivou tudo por falta de provas.

No caso da Jurupari, há semelhanças porque foram gravadas conversas do então governador Blairo Maggi (PR) e do deputado federal Eliene Lima (PP). “Isso nunca ocorreu”, ressaltou Valber Melo. Nos recursos impetrados no TRF são questionados justamente esses dois itens e o advogado promete ainda ingressar com representações contra o magistrado em todas as instâncias necessárias. Ressalta que outros advogados devem fazer o mesmo. "Serão pelo menos 40 representações contra Julier".

Já Janete reforçou a revolta afirmando que tudo não passou de mais um show pirotécnico do magistrado, que provocou um grande prejuízo no Estado. A esposa do presidente da Assembleia Legislativa também aproveitou o ensejo para frisar que Julier destruiu vários lares. Enfatizou que ela vai continuar andando de rosto erguido e olhando as pessoas nos olhos. “Alguns foram demitidos, se debulhavam em lágrimas. Queria saber com que cara Julier vai olhar para essas pessoas. Muitas jamais vão se recuperar do transtorno emocional, mesmo fazendo tratamentos” .





Fonte: RD News

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