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Sexta - 28 de Maio de 2010 às 11:39
Por: Alline Marques e Julia Munhoz

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A esposa do deputado José Riva (PP), Janete Riva, em tom de desabafo desafiou o juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, a se despir da toga e partir para a vida política, ao invés de se esconder atrás da caneta.

“Quero aqui desafiar o juiz para se despir da toga e não fugir para o exterior. O Riva está indo para o quinto mandato então que ele venha para a política”, declarou durante coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (28).

A presidente da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa foi presa durante a Operação Jurupari, deflagrada no dia 21 pela Polícia Federal contra crimes ambientais. Ela foi solta na quarta-feira (26), por meio de habeas corpus concedido pelo desembagrado do Tribunal de Contas do Estado, Tourinho Neto.

Janete Riva destacou que encarou a prisão de cabeça erguida, pois não há nada para esconder. Ela informou que um dos agentes federais até se ofereceu para esconder o rosto, mas não aceitou.  "Não tenho nada a esconder. Encarei tudo sempre de cabeça erguida", contou.

A presidente da Sala da Mulher relatou como foi a ação da PF e dos agentes em sua residência. Segundo ela, os policiais chegaram por volta das 6h e foram extremamente cuidadosos e respeitosos com toda a família. 

Janete enfatizou que durante depoimento prestado na sede da Polícia Federal, o delegado repetiu por três vezes que o pedido de prisão contra ela não partiu da PF e sim do Ministério Público Federal (MPF). O depoimento durou cerca de 20 minutos e foram feitas cerca de cinco perguntas referentes ao plano de manejo da fazenda.

“Não entendemos até agora os motivos que levaram ao pedido de prisão preventiva, não vou julgar a legalidade da operação e nem se todos são inocentes, vou enfatizar apenas que não houve qualquer irregularidade na elaboração do nosso plano de manejo”, declarou.

A esposa do presidente da AL reforçou que houve má fé por parte do juiz. “Ele usa do poder da caneta para fazer jogo com a sociedade, está claro o objetivo deste senhor, que é o de prejudicar o deputado José Riva, eu fui presa por ser a esposa de um político”, afirmou.

Dias na prisão

Janete Riva ficou presa na Polinter por seis dias e durante este período ela contou ter se mantido forte para conseguir dar apoio aos demais.  "Fiquei firme por ter a certeza da minha inocência e não tenho nada a temer. Neste período fiquei dando força às pessoas que estavam ali (Polinter) e que talvez nunca mais se recuperem do trauma. Foram mais de 90 famílias destruídas", relatou.

No entanto, a esposa do deputado confessou que seu maior momento de fraqueza foi ver os filhos a visitarem na cadeia com lágrima nas olhos. "Sem fui uma pessoa forte, mas não aguentava ver meu filhos chegarem para me vistar debulhados em lágrimas", narrou.






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