Homens armados também fizeram reféns nesses templos. De acordo com o jornal indiano "The Times of India" são cerca de 1.500 reféns.
De acordo com as agências de notícias o clima é tenso e os rebeldes mantêm-se entrincheirados, ameaçando os reféns.
"Os terroristas dispararam com armas leves e jogaram granadas. Eles fizeram reféns", declarou por telefone à agência France Presse Muhzar Ahmed, membro dos serviços de segurança da cidade.
"A troca de tiros continua, os atacantes estão no teto da mesquita e disparam contra a polícia", informou outra fonte policial, Amjad Iqbal.
Ataques coordenados
De acordo com o jornal americano "The New York Times" um canal de televisão paquistanesa diz que membros de um braço do Punjab do Taleban paquistanês estavam reivindicando a autoria dos ataques.
A cidade de Lahore é a capital do Punjab, a maior Província do Paquistão.
Ainda de acordo com o jornal não há um número exato de reféns, mas estima-se que na sexta-feira, dia de orações para os muçulmanos, as duas mesquitas atraem entre 1.500 e 2.000 fieis.
O "NYT" diz que o objetivo do ataque era atingir a comunidade Ahmedi, que se considera muçulmana mas é discriminada pela lei paquistanesa.
O departamento de Estado dos EUA afirma que dois milhões de Ahmedis foram proibidos por lei de praticar rituais islâmicos, ou seja, de praticar a religião do Islã no Paquistão.
Um relatório de direitos humanos do departamento de Estado americano estima que ao menos 11 Ahmedis foram mortos no ano passado por conta de sua fé.
A comunidade considera que o profeta Maomé foi o mais recente, mas não o último mensageiro enviado por Allá.
Nos últimos três anos, o Paquistão foi cenário de uma onda de quase 400 atentados -- em sua maioria suicidas -- e de ataques de comandos, realizados principalmente por militantes talebans aliados da Al Qaeda, que já deixaram mais de 3.300 mortos em todo o país.
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