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Politica MT
Sexta - 28 de Maio de 2010 às 09:30
Por: Alexandre Alves

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O ex-governador Blairo Maggi (PR) rebateu em Sinop, em entrevista ao Olhar Direto, as críticas feitas pela jornalista global Miriam Leitão, em artigo publicado no jornal “O Globo”, que afirma o ex-governador ter voltado a ser ‘vilão do meio ambiente’. “Não li o artigo, mas de antemão digo que tal crítica não procede. Para fazer um apontamento desses, tem que conhecer bem a história de Mato Grosso e ter acompanhado o que fizemos em prol da regularização ambiental no Estado”, alfinetou Blairo.

Conforme o ex-governador, o controle sistêmico da opinião pública mundial, principalmente por meio de retaliações econômicas – deixando de comprar produtos de Mato Grosso – fez com que o setor produtivo do Estado se adequasse às regras. “Hoje é praticamente impossível produzir como há alguns anos e o setor entendeu isso. O governo do Estado desenvolveu programas de regularização ambiental que é exemplo às outras unidades da Federação”, disse, se referindo ao ‘MT Legal’.

As críticas da jornalista têm como pano de fundo a Operação Jurupari, que originou decreto de prisão de 91 pessoas, entra elas o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente na gestão Maggi, Luis Daldegan; o secretário adjunto de Mudanças Climáticas, Afrânio Migliari; o chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Sílvio Corrêa; a esposa do deputado José Riva, Janete Riva; 12 servidores da Sema, assessores parlamentares, empresários e fazendeiros. Todos os detidos foram soltos ontem por decisão do desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal (TRF).

Em determinado momento do artigo, Miriam questiona o fato de Maggi pregar que havia se tornado exemplo de sustentabilidade ambiental, inclusive indo a Copenhague participar de debates sobre créditos pelo desmatamento evitado, mas ao mesmo tempo estar sendo investigado sigilosamente pela Polícia Federal.

Leitão encerra o contundente artigo apontando que Blairo, candidato ao Senado e líder nas pesquisas, aparece no inquérito pressionando para apressar a liberação de licenças que favoreciam políticos. “É assim que se desmata na Amazônia, com o conluio de gente muito fina. E que fica por aí usando em vão a palavra sustentabilidade”, finaliza, com acidez.






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