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Economia
Sexta - 28 de Maio de 2010 às 08:03
Por: Marcondes Maciel

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A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) divulgou ontem indicadores econômicos mostrando que o Estado cresce acima da média nacional e mais do que todas as unidades das regiões Norte e Centro-Oeste. O estudo “Retrospectiva Econômica – Um comparativo do crescimento industrial de Mato Grosso com o Brasil e Estados Vizinhos” – traz informações sobre a evolução do PIB (Produto Interno Bruto), crescimento industrial por segmento, geração de empregos formais, empregos na indústria, exportações, importações e balança comercial no período de 1995 a 2007.

O levantamento aponta que, nesse período, o PIB mato-grossense saltou de R$ 7,319 bilhões para R$ 42,687 bilhões, alcançando o maior índice de crescimento entre todos os Estados da região. O PIB de 2007 foi o último publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o estudo, Mato Grosso avançou 483,23%, contra 378,26% de Rondônia, 350,93% de Goiás, 350,14% do Pará e 337,47% de Mato Grosso do Sul.

A participação no PIB da região também vem crescendo ano a ano. Em 1995, por exemplo, a participação de Mato Grosso no bolo da região era de 17%. Goiás ficava com 33%, seguido do Pará (25%), Mato Grosso do Sul (14%) e, Rondônia, 7%. Em 2007, Mato Grosso ampliou sua participação para 20% (evoluiu 3 pontos percentuais), enquanto Goiás recuou para 31%, Rondônia manteve-se em 7% e Mato Grosso do Sul e Pará avançaram apenas 1 ponto percentual.

Quando a análise é o crescimento médio anual do PIB, Mato Grosso se destaca com incremento de 9,9%, seguido de Rondônia (6,6%), Goiás e Pará (5,7%) e, Mato Grosso do Sul, 5,3%. A média anual foi de 3,4%.

Ainda no período de 1995 a 2007, Mato Grosso apresenta crescimento do PIB per capita de 9,02%, contra média nacional de 1,84% e 4,65% de Rondônia, 3,35% de Mato Grosso do Sul, 2,99% de Goiás e 2,83% do Pará.

INDÚSTRIA – O estudo aponta ainda expansão de 109,4% do setor industrial no período 1995-2007. Os segmentos da atividade com maior peso para a indústria foram transformação, com crescimento de 123,4%, seguido de “utilidade pública” (118,1%), construção civil (87,2%) e, extrativa mineral, 11,9%.

“Temos ótimas perspectivas de continuar crescendo acima da média brasileira nos próximos anos”, afirmou o presidente da Fiemt, Jandir Milan. Para que este crescimento ocorra em um ritmo mais forte, segundo ele, é preciso que o governo resolva o problema da logística. Com a conclusão da BR-163 e a chegada da ferrovia ele acredita que Mato Grosso ficará mais competitivo.

Em termos de geração de empregos formais, Mato Grosso apresenta também o melhor desempenho na região. No total, o Estado cresceu 354% no período 1995 a 2009, seguido de longe por Rondônia, com expansão de 244% no número de vagas geradas, Goiás (206%), Mato Grosso do Sul (204%) e Pará (164%).

No mesmo período, a indústria de Mato Grosso ampliou a oferta de empregos em 194,46%, saindo de 46,804 mil empregos em 1995 para 137,820 mil no ano passado. O estudo mostra que a participação da indústria mato-grossense na geração de empregos formais é de 21,4%.

As exportações evoluíram, no período de 1996 até o ano passado, 12.890%, avançando de US$ 659 milhões para US$ 8,495 bilhões. Já Goiás cresceu 934,10%, seguido de Mato Grosso do Sul (483,33%) e, Pará, 325,31%.

As importações mato-grossenses, no período 1996-2009, saltaram de US$ 56 milhões para US$ 792 milhões, crescimento de 14.142%, e o saldo da balança comercial avançou de US$ 603 milhões para US$ 7,703 bilhões (incremento de 12.774%). A participação de Mato Grosso no saldo da balança comercial brasileira em 2009 foi de 30%.






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