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Politica MT
Quinta - 27 de Maio de 2010 às 22:29
Por: Jardel Arruda

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Todos os membros do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) podem renunciar em conjunto para garantir a transparência e a lisura nas investigações sobre um suposto esquema de vendas de sentença, que é alvo de inquérito da Polícia Federal na Operação Asafe, a qual indiciou dois juízes eleitorais de MT: o presidente do TRE, Evandro Stábile, e o juiz Eduardo Jacob.

A proposta de renúncia coletiva cogitada na sessão plenária desta quinta-feira (27), após o Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) protocolizar um pedido para que o desembargador Evandro Stábile pedisse afastamento voluntário. Entretanto, o magistrado reagiu negativamente e negou a possibilidade de se afastar por vontade própria.

Sob pressão dos outros juízes, os quais temem por maiores desgaste da instituição frente a sociedade, foi levada a plenário a propositura de um afastamento conjunto, no qual todos, titulares e substitutos do TRE, deve renunciar dos em conjunto. A nova propositura então foi unanimidade entre todos os juízes presentes

Entretanto, para que a decisão tenha alguma validade, todos os juízes ausentes da plenária desta quinta, tanto titulares quanto substitutos, também precisam votar, até sexta-feira (28), em favor da renúncia coletiva. São eles, entre titulares e substitutos, Rui Ramos, Lídio Modesto, Jeferson Schneider, Sebastião de Arruda Almeida, e Sebastião Moraes Filho.

Peso dividido

No caso da confirmação da renuncia coletiva, ou até mesmo da negativa de algum juiz não investigado em renunciar, a pressão sobre Evandro Stábile e Eduardo Jacob seria aliviada. Entretanto, isse fato preocupa juízes que temem um relacionamento com os indiciados.

“Quero deixar claro que nada está sendo feito por solidariedade. Mal conheço vocês dois (Stábile e Jacob). Comente de vista. É uma decisão estritamente profissional que visa salvaguardar a instituição”, salientou o juiz federal César Bearsi.

Em resposta, o presidente do TRE e indiciado na Asafe argumentou que o Tribunal é uma instituição grande em função dos juízes eleitorais. “A instituição está acima de todos, mas ela é feita de homens”, declarou Evandro, incitando o corporativismo.

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