Presidente regional do PPS, deputado Percival Muniz, garante não há motivo para que a sigla não caminhe com o empresário Mauro Mendes (PSB) no pleito deste ano e, assim, desmente Roberto Freire
Percival desmente Freire e garante que PPS vai caminhar com Mendes

O presidente estadual do PPS, deputado Percival Muniz, acredita que não há motivo para que a sigla não caminhe com o empresário Mauro Mendes (PSB) no pleito deste ano. Entende que a executiva nacional não vai intervir no Estado porque todas as exigências vão ser cumpridas. Ele cita que o presidente Roberto Freire fez exigências para que o partido tenha uma vaga na majoritária, para que o tempo de televisão do PPS não seja utilizado pela presidenciável Dilma Rousseff (PT) e que o partido siga os rumos que a maioria definir durante a convenção. “Dispomos de todas as condições”, enfatiza o parlamentar, no miniblog Twitter.

As afirmações ocorrem dias após Freire assegurar que ainda não houve liberação para que o PPS componha com Mendes. Segundo ele, a indefinição persiste em Mato Grosso, Bahia, Rio Grande do Norte e Tocantins. Aguarda uma consulta feita junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a interação da campanha nacional com as estaduais na TV e que somente depois poderá haver veto ou não à aliança com o PSB.

A maior preocupação de Freire é com o apoio da sigla a Serra. Ele teme que a sigla faça palanque para Dilma, o que foi vetado pelo partido. “ Em Mato Grosso, ninguém do PPS é contra o apoio a Serra. Só que a maioria entende que o melhor para o Estado e para o próprio Serra é apoiar o Mauro (Mendes)”, contrapõe Percival, não escondendo o descontentamento com a situação e excluindo o nome do pré-candidato ao Paiaguás Wilson Santos (PSDB) de seus planos para o pleito deste ano. Para ele, os rumores de que o PPS não estará junto apenas demonstra que existem pessoas interessadas.

Percival, que é tido como um dos principais responsáveis pela saída de Mendes do PR e por sua filiação no PSB, “bate duro” para permanecer no projeto Mato Grosso Muito Mais. Enfrenta, entretanto, resistência dentro do próprio partido, já que uma ala defende aliança com Wilson. Entre os que mais articulam em favor dos tucanos está o presidente municipal do PPS vereador Ivan Evangelista. Já um grupo isolado, que conta com o apoio do deputado Pedro Satélite, ensaia união com o governador Silval Barbosa (PMDB), mas eles têm consciência de que esta possibilidade é remota. “Isso é porque a candidatura do Mauro Mendes, que lidera o Movimento Muito Mais, desestabiliza e ameaça a outras candidaturas”, alfineta o socialista. Por fim, reforça que não haverá intervenção.