PF aponta influência de Célia Cury no Judiciário
Investigações da PF apontam que a advogada Célia Cury seria uma das principais responsáveis por negociar sentenças no Tribunal de Justiça. Junto do genro, ela é citada no inquérito da operação Asafe como o elo entre magistrados e advogados que precisariam de "ajuda" para obter decisões favoráveis.
Célia Cury é esposa do desembargador aposentado José Tadeu Cury e chegou a ser presa na semana passada na operação Asafe. Ela ficou praticamente cinco dias em uma cela especial no 3º Batalhão da Polícia Militar no bairro CPA 4. Procurada no seu escritório de advocacia por A Gazeta, ela não se pronunciou.
Também são apontados nas investigações que tratam dos intermediários os advogados Alcenor Alves, Eduardo Gomes, Ignês Maria Mendes Linhares e André Castrillo, além de uma pessoa identificada apenas como Dejair e que é assessor parlamentar de um deputado estadual.
Apesar da liberação de todos os presos envolvidos em suposta venda de sentenças e exploração de prestígio no Judiciário, investigações da operação Asafe continuam e deverão agitar novamente Mato Grosso nos próximos dias. A expectativa é que magistrados suspeitos de envolvimento no caso sejam os próximos interrogados. Por causa do foro por prerrogativa de função, eles serão ouvidos por carta precatória a partir das perguntas a serem enviadas pela ministra Nancy Andrighi.
Comentários