Aposentados querem convencer Lula a sancionar reajuste
Aposentados e pensionistas do INSS decidiram investir pesado na pressão para convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sancionar o reajuste de 7,72% para quem ganha acima do salário mínimo. A Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Rio de Janeiro (Faaperj), vinculada à Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), divulgou os meios de contato para envio de e-mails diretamente ao presidente.
O contato é: Presidência da República Federativa do Brasil, Palácio do Planalto, Praça dos Três Poderes, Brasília - DF/70150-900; e-mails: pr@planalto.gov.br, gabinete@planalto.gov.br, mgarcia@planalto.gov.br; e o contato para o "Fale com o presidente" (https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.phptelefones).
A proposta é que segurados e os que os apoiam dirijam apelos a Lula para que ele não opte pelo veto ao aumento de 7,72%. A reivindicação se fortaleceu, já que a Comissão Mista do Orçamento remeteu estudo que viabiliza a destinação de R$ 1,7 bilhão para o reajuste retroativo a janeiro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mudou o tom e já admite que Lula sancione o aumento. Mas alerta que haverá mais cortes no Orçamento: "O que prevalece é o reajuste de 3,5%, que é a inflação do período. Só que estamos pagando 6,14%". O abono, se sair, será por medida provisória.
A aposentada Maria Gonzales, 72 anos, está descrente e acha que Lula vai vetar: "Sou aposentada há oito anos e ganho dois salários mínimos, embora tenha me aposentado com três".
A Força Sindical e a CUT fizeram novo pedido público pela aprovação do fim do fator previdenciário, que pode ser mantido em troca da sanção do reajuste. "Solicitamos audiência com Vossa Excelência para que possamos discutir alternativa viável para os trabalhadores, de modo a superar o impasse existente na sociedade", defende a Força em carta.
A CUT anunciou ato pelo fim do fator, no dia 1º de junho. O Sindicato dos Aposentados da Força apresentou sugestão de novo índice, que usa a inflação do idoso, para reajustar os benefícios nos próximos anos. Enquanto isso, a Cobap encontrou o relator do PL 4.434, deputado Marçal Filho (PMDB-MS), para que o projeto, que recupera o valor de benefícios em mínimos da data de concessão, avance na Câmara.
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