Serys dá sinais de que pode rever sua decisão
A senadora Serys Slhessarenko (PT) dá os primeiros sinais de que poderá rever sua decisão de não disputar cargo eletivo nas eleições de 2010. Comovida pelos constantes apelos do partido e das legendas aliadas, como o PMDB e o PR, a parlamentar disse ontem que “tudo tem seu tempo. E agora é preciso mais um tempo para pensar”. A declaração da parlamentar aponta para um cenário onde ela poderá avaliar a possibilidade de ser candidata a vice na chapa majoritária encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB).
A decisão de Serys de abandonar a disputa no pleito deste ano tem gerado insatisfação não apenas entre correntes do PT como também nas direções do PMDB e do PR. A manutenção da sua posição abre precedentes para perdas eleitorais na legenda que atingem o projeto próprio liderado pelo governador. Diante da falta de unidade da sigla, os partidos aliados tomaram, de maneira extra-oficial, a iniciativa de colaborar para a revisão da parlamentar sobre seus planos políticos.
A interferência amiga também veio do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR). Ele coordenou um jantar oferecido para a senadora, na noite de anteontem, em Brasília, que contou com a participação de empresários de vários segmentos de Mato Grosso. Na ocasião, o grupo pediu à parlamentar para que reveja sua decisão de não pleitear cargo eletivo. O nome dela foi lembrando como símbolo da luta da mulher na vida política. Serys também foi lembrada como referência na história política do Estado e do país.
A saída da senadora do processo de disputa é vista como perda para o bloco comandado por Silval Barbosa. Ela anunciou sua decisão de abrir mão da disputa após sofrer derrota nas prévias do PT que confirmaram o nome do presidente regional, deputado federal Carlos Abicalil, para a candidatura ao Senado. Sem poder disputar a reeleição, ela declarou apoio ao empresário Mauro Mendes (PSB) – que disputa o governo. Mas a aprovação em encontro recente do partido de indicativo de apoio para Silval coloca a parlamentar numa situação delicada.
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