Tourinho manda libertar todos os envolvidos no escândalo ambiental
Em sua decisão, o desembargador Tourinho Neto deu prazo de 24 horas para o juiz federal Julier Sebastião, que decretou as prisões, se manifestar acerca de viés político mencionado, inclusive, em um de seus despachos.
Em princípio, a análise dos pedidos habeas corpus estava nas mãos do desembargador Ítalo Sabo Mendes, que se declarou suspeito para julgar o caso. Como a decisão beneficia também os outros envolvidos, a Interpol e a PF devem abandonar as buscas aos foragidos.
A Operação Jurupari foi deflagrada na última sexta (21) pela Polícia Federal para reprimir crimes ambientais, como extração, transporte e comércio ilegal de produtos da Amazônia. Estão sendo cumpridos 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo, expedidos pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.
Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas.
As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
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