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Quarta - 26 de Maio de 2010 às 14:10
Por: Alline Marques

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Em meio à polêmica sobre a Operaçõa Jurupari e um possível favorecimento, o pré-candidato ao Senado Pedro Taques (PDT), lembrou de sua atuação como procurador da República em Mato Grosso e fez questão de destacar o combate à corrupção e ações movidas contra alguns políticos no estado, antes de ser promovido para São Paulo, em 2004.

“No tempo que fiquei aqui sempre combati políticos que não prestam, mas não podemos generalizar e tenho certeza de que na política exista pessoas que prestam”, afirmou durante entrevista na Rádio Cidade 94,3FM.

Ponderado, Taques adiantou que não irá criticar pessoas e não teme ser contaminado pela corrupção. “Eu não vou criticar pessoas. Eu vou discutir política. A população não agüenta mais chute baixo. Não tenho medo de ser contaminado pela corrupção”, enfatizou.

Pedro Taques ficou conhecido por investigar o crime organizado em Mato Grosso e ter participado da Operação Arca de Noé, em 2002, que resultou na prisão de João Arcanjo Ribeiro. Na época um esquema de desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa também foi denunciado pelo ex-procurador, envolvendo o deputado José Riva, e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Humberto Bosaipo, na época também parlamentar.

Operação Jurupari

Ao ser questionado sobre a Operação Jurupari, deflagrada na sexta-feira (21), pela Polícia Federal, que investiga envolvimento de políticos em crimes ambientais, envolvendo familiares e assessores do deputado José Riva (PP), Pedro Taques informou não ter conhecimento do processo e preferiu não comentar o assunto.

“Não acompanhei esse processo. Não sou mais procurador em Mato Grosso desde 2004 e não quero palpitar sobre este processo. Temos muito ‘achismo’ na sociedade e todos têm direito à ampla defesa”, declarou na rádio.

Ficha lima

Pedro Taques é um defensor veemente do projeto Ficha Limpa, porém destacou que é preciso avançar, pois a atual proposta ainda precisa ser melhorada. Mesmo assim, adiantou que é um passo importante a democracia do país.

“A palavra candidato vem de cândido, portanto um candidato tem de ser uma pessoa limpa em caráter e em honestidade. O ficha limpa ainda deve ser objeto de discussão. O projeto ainda é um pouco tímido e precisamos caminhar um pouco mais, mas não podemos permitir que a política sirva de escudo para criminosos”, afirmou.






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