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Quarta - 26 de Maio de 2010 às 08:46
Por: Romilson Dourado

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O senador Jayme Campos continua batendo-cabeça para construir a unidade junto aos filiados do DEM pela candidatura a governador do tucano Wilson Santos. Como trata-se de um ex-adversário político histórico, numa época em que Wilson era deputado e atuava no PDT e depois no PMDB, enquanto Jayme exercia mandato de governador e pertencia ao extinto PFL (hoje DEM), a militância está usando esses resquícios do passado para apresentar uma certa resistência ao nome do ex-prefeito da Capital. Jayme se esforça para enquadrá-los.

O cacique convocou uma reunião na semana passada e ficou surpreso com a ausência da maioria. A bancada na Assembleia é a que mais desmotiva Jayme. Dilceu Dal Bosco, por exemplo, só entregou os cargos ao Palácio Paiaguás para se firmar como opositor e aliado de Wilson, depois que Jayme bateu duro nesse sentido. Já Gilmar Fabris não está nem aí para o seu partido. Ele tem se posicionado radicalmente contra o DEM apoiar Wilson e nem aceita que o partido indique o vice da chapa. A maioria dos prefeitos do partido recorrem ao mesmo discurso. No diretório de Cuiabá o clima não é dos melhores. Para tentar contornar a crise, Jayme convocou uma nova reunião para esta quarta, às 18h. Vai insistir no pedido de adesão ao nome do tucano. Como não impôs sua liderança no início das articulações, perdeu o controle do "rebanho". Há risco de debandada.

Jayme se mostra preocupado com o fato de não ter conseguido até agora agregar os democratas à pré-candidatura de Wilson, que o cobrou maior compromisso político. O DEM é o que mais conta com diretórios formados nos municípios. Nas estratégias costuradas com o aliado tucano, ficou estabelecido que os dois partidos fariam recepção e organizariam eventos nas cidades, mas isso não vem ocorrendo na prática. O PSDB também está esfacelado. De 55 prefeitos em 2002, quando comandava o Estado com Dante de Oliveira (já falecido), o tucanato só comanda hoje cinco das 141 prefeituras. Wilson não figura mais na liderança absoluta nas pesquisas de intenção de voto, como no ano passado, e isso reflete na militância.

Como forma de comprometer Jayme com o projeto majoritário, Wilson sugeriu que a vice da chapa fosse Lucimar Sacri de Campos, esposa do senador. O parlamentar desconversou sobre o assunto e, por fim, avisou que nem todos da família estão de acordo, uma forma de tirar Lucimar do páreo. Alguns nomes convidados para compor a chapa recusaram a proposta, como o ex-prefeito de Primavera do Leste Érico Piana e os deputados estaduais José Domingos e Dilceu Dal Bosco. O grupo tem até as convenções, que podem ser realizadas de 10 a 30 de junho, para definir o vice. Espera-se que Wilson pontue melhor nas pesquisas para animar o DEM.





Fonte: RD News

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