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Quarta - 26 de Maio de 2010 às 02:20
Por: Ana Rosa Fagundes

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Ex-conselheiro do TCE, Ubiratan Spinelli
Ex-conselheiro do TCE, Ubiratan Spinelli

O ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ubiratan Spinelli, preso na operação Jurupari, será transferido hoje de Belo Horizonte para Cuiabá. Ele enfrentava dificuldades para conseguir a remoção para a Capital. Apesar da Justiça já ter determinado que Spinelli viesse para a capital, a Polícia Federal em Minas Gerais alegava que não tinha disponibilidade financeira para isso, segundo informação do advogado João Carlos Brito.

A juíza Vanessa Perenha Gasques, no plantão da Justiça Federal do domingo passado, aceitou parcialmente o recurso da defesa do ex-conselheiro e determinou sua transferência, já que constitucionalmente ele tem direito de estar em estabelecimento de maior proximidade à sua residência e de sua família.

O advogado de Spinelli também pediu prisão domiciliar, pois ele tem mais de 70 anos e estado de saúde frágil. Entretanto, a juíza determinou que primeiro sejam feitos exames médicos que comprovem necessidade de cuidados especiais para que ele seja liberado para permanecer em sua residência.

João Carlos Brito classificou a situação como no mínimo estranha, já que durante a operação a PF utilizou mais de 380 policiais que fizeram diligências em diversos estados. Segundo ele, a PF afirma que não tem dinheiro para pagar as passagens de voo dos agentes neste momento. “Ele é um senhor de 72 anos, um agente já é o suficiente para acompanhá-lo e trazê-lo para Cuiabá. É muito estranho... parece um jogo de interesses e sabemos quem está por trás disso”, falou o advogado, fazendo referência ao juiz Julier Sebastião da Silva.

Como é Spinelli é advogado, a OAB de Minas Gerais intermediou junto à Polícia Federal de MG a transferência de Ubiratan, conforme o advogado João Carlos Brito.

Ubiratan também é ex-deputado estadual por Mato Grosso. Ele foi preso na sexta-feira passada pela PF, em Belo Horizonte. Duas fazendas dele estão na lista de 68 propriedades investigadas pela extração, transporte e comércio ilegal de produtos florestais na Amazônia mato-grossense, principalmente aqueles provenientes do interior e entorno de áreas protegidas federais, como terras indígenas e parques nacionais.

O filho de Ubiratan, Rodrigo Spinelli, também foi preso na Operação. Ele está no Batalhão do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá. Seus advogados tentam conseguir a liberdade para eles por meio de habeas corpus no Tribunal Regional Federal, em Brasília.






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