A tensão externa voltou a derrubar as Bolsas de Valores, desvalorizando com força as moedas contra o dólar, na sessão de negócios desta terça-feira. No mercado de câmbio doméstico, o preço da moeda americana chegou a oscilar perto de R$ 1,92, o valor máximo registrado no dia.
A taxa de câmbio brasileira, no entanto, não se sustentou nesses níveis e cedeu até R$ 1,868 (valor de fechamento), a menor cotação negociada nesta terça-feira, que representa um acréscimo de 0,21% sobre o preço de ontem.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,990, em alta de 1,01%.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 1,28%, aos 59.145 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,97 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,47%.
Em um mercado já abalado pela crise na zona do euro, os problemas entre Coreia do Sul e Coreia do Norte, que romperam relações, serviu de motivo para os agentes financeiros interessados na alta da moeda puxarem as cotações. Nos preços de R$ 1,90, no entanto, operadores notaram um crescimento no volume de operações.
"Historicamente a Coreia do Sul é aliada dos Estados Unidos, e a Coreia do Norte, da China e da Rússia, e isso gera uma tensão [geopolítica] muito forte. E como a crise europeia ainda não acabou, o mercado fica muito volátil", sintetiza Luiz Fernando Moreira, da mesa de operações da corretora Dascam.
Juros futuros
No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas rebaixaram novamente.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista cedeu de 10,48% ao ano para 10,46%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada recuou de 10,91% para 10,86%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa negociada retrocedeu de 12,01% para 11,95%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
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