Vedoin e Trevisan são absolvidos
Os empresários Darci Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin foram absolvidos no primeiro julgamento que passaram por conta da "máfia dos sanguessugas". Eles tiveram o processo arquivado na Justiça Federal de Bagé (RS), mas respondem a mais de 200 ações penais no país inteiro por causa do suposto envolvimento com venda de ambulâncias com preço superfaturado a partir da apresentação de emendas parlamentares.
Responsável pela defesa de Darci e Luiz Antônio Vedoin, o advogado Valber Melo afirma que a absolvição contou com parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF). "A Justiça rejeitou liminarmente a ação de improbidade ajuizada pela União por entender que não havia elementos mínimos capazes de demonstrar que houve improbidade administrativa. Disse ainda que não restou demonstrado indícios de superfaturamento na venda das ambulâncias".
Darci e seu filho, Luiz Antônio, respondem a mais de 200 ações porque foi instaurado um processo para cada compra de ambulância feita junto às empresas da família, principalmente a Planam. A decisão que extinguiu o processo em Bagé é da juíza federal Iracema Longhi Machado.
O advogado Valber Melo afirma que a decisão vem a ratificar a tese formulada pela defesa, no sentido de que nunca houve superfaturamento. "Tais ações são cópias fiéis uma das outras e não possuem qualquer substrato jurídico".
A máfia dos sanguessugas levou o Ministério Público Federal a denunciar 285 pessoas por vários crimes, principalmente formação de quadrilha e fraude à licitação. Segundo o MPF, agia em três fases. A primeira consistia na confecção de emendas parlamentares para compra de ambulâncias. A segunda etapa correspondia à execução orçamentária. A terceira fase correspondia à liberação do dinheiro que era distribuído entre parlamentares, empresários e servidores públicos.
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