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Terça - 25 de Maio de 2010 às 02:39
Por: Sonia Fiori

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Deputado Pedro Henry participa de encontro do PP e revela movimento contra o juiz Julier Sebastião, entre outros
Deputado Pedro Henry participa de encontro do PP e revela movimento contra o juiz Julier Sebastião, entre outros

O deputado federal Pedro Henry (PP) anunciou ontem uma ação ofensiva contra o juiz federal Julier Sebastião da Silva, o procurador da República Mário Lúcio Avelar e o ex-procurador da República e candidato ao Senado, Pedro Taques (PDT). Ele acusou o “trio” de conluio para colocar em prática “manobras ilegais”, através do uso da Justiça, com o claro objetivo de assegurar a vitória de Taques nas eleições de 2010. “A judicialização do processo eleitoral é notória. Usam a Justiça de maneira sorrateira, caluniosa e maldosa”, disparou. Henry ainda revelou que está sendo ameaçado de morte.

O parlamentar também foi acusado de participar dos esquemas do Mensalão e Sanguessugas. Henry busca reforço nos principais líderes políticos do Estado, unindo partidos como o PR, PMDB, PSDB, DEM e o PT, para pedir providências contra os magistrados. O quadro será exposto, segundo ele, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público e ao presidente Lula (PT). De acordo com ele, será formulado nesta semana documento, em conjunto com as siglas procuradas, que será encaminhado aos órgãos competentes.

A declaração de Henry foi exposta na tarde de ontem, durante seminário do Partido Progressista, realizado no auditório da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Henry afirmou ainda que a estratégia, arquitetada por Julier, Taques e Avelar, aponta um cenário onde deverão ser deflagradas novas investidas. Ele alegou ter informações de que a próxima operação, com a meta de desestabilizar os adversários de Taques, ocorrerá na Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

Ele lembrou que essas ações também deverão atingir o projeto do PT, de eleger o presidente regional, Carlos Abicalil, ao Senado. Henry também declarou estar sofrendo ameaças. Ele diz que tomou conhecimento do fato nos “bastidores da política”.

O parlamentar disse ainda que não teme represálias e que “não é filho de pai assustado”. Henry também lembrou, no evento, que tomou conhecimento através de matérias veiculadas na imprensa de envolvimento de Julier com o cenário político – fazendo menção aos convites que o magistrado recebeu para ingressar na carreira política. O deputado cutucou ainda o juiz federal ao afirmar que Julier “não teve coragem de ingressar na política” e que faz uso da máquina da Justiça para atender interesses que beneficiam Taques.

“O “trio” está numa estratégia para levar em curso sucessivas operações para denegrir a imagem de pessoas de bem”, alfinetou.

Henry enfatizou ainda que já havia se reunido com o senador Jayme Campos, com o governador Silval Barbosa (PMDB), com o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), com Carlos Abicalil (PT) e com o ex-governador Blairo Maggi (PR) para assegurar a participação deles no processo de denúncia contra as ações ilegais que, segundo ele, ocorrem na Justiça “sob a falsa bandeira do moralismo para captar politicamente”. Pedro Henry alega ainda que o Estado de Direito está ameaçado em Mato Grosso por conta das ações irresponsáveis a cargo de Julier e de Mário Lúcio, com aval de Pedro Taques. O deputado disse ainda que nesse processo a Polícia Federal tem se transformado em ferramenta do trio. Ele criticou ainda operações deflagradas pela PF, como a Pacenas e o impacto sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para municípios como Cuiabá.






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