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Terça - 25 de Maio de 2010 às 02:08
Por: Adilson Rosa

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Polícia investiga denúncias desde sexta-feira. Por precaução, irmãs permanecem no Creas até comprovação
Polícia investiga denúncias desde sexta-feira. Por precaução, irmãs permanecem no Creas até comprovação

Por determinação da Vara da Infância e Juventude de Várzea Grande, a mãe de duas meninas, uma de cinco e outra de sete anos, perdeu provisoriamente a guarda das filhas até que seja investigada a denúncia de maus-tratos e abuso sexual contra elas. O principal suspeito é o padrasto das meninas.

Na sexta-feira as duas crianças foram levadas para o Centro de Referência e Assistência Social (Creas) da cidade, onde ficarão por tempo indeterminado. O caso, ocorrido no bairro São Simão, está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Várzea Grande, onde o caso não foi comentado por nenhuma autoridade.

A mãe das meninas, no entanto discorda do abuso e disse estar surpresa com a retirada das filhas de seu próprio lar. “Como pode ter abuso se eu trabalho o dia todo e meu marido também. Só ser for a babá”, queixou-se ao informar que as filhas ficam com a babá durante o dia todo. Ela adiantou que acredita no marido e se houve abuso, não partiu dele. A babá, por sua vez, negou qualquer alteração na rotina de seu trabalho com as meninas que caracterizasse algum crime.

A mãe do padrasto das meninas também disse estar surpresa. Ela explicou que foi buscar as duas garotas na escola e foi informada de que estavam sob os cuidados do Conselho Tutelar da Criança e ela deveria procurar o Juizado da Infância e Juventude. Ainda acrescentaram que as meninas seriam submetidas a exames determinados pela Justiça. A princípio, seriam exames de lesão corporal, que poderá comprovar os maus-tratos, e de conjunção carnal - a violência sexual, caso tenha se consumado o estupro.

Tanto o Conselho Tutelar como policiais da Delegacia da Defesa da Mulher não quiseram falar sobre o assunto alegando se tratar de segredo de justiça. A conselheira responsável deverá elaborar um relatório nos próximos dias.

Os policiais explicaram que as investigações começaram na sexta-feira e não há como fornecer detalhes sobre o caso. “A mãe e a madrasta estão certas. A denúncia é de maus-tratos e abuso sexual, mas não podemos falar mais nada. As meninas precisam ser ouvidas, pois tudo partiu de uma denúncia que chegou ao Conselho Tutelar e está tudo no início. Qualquer declaração atrapalhará tudo”, explicou um policial.






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