"Em junho, deverá haver uma definição. A coisa está em bons termos no Congresso. Somente vamos discutir depois disso. Se houver possibilidade de fazer nas áreas fora do pré-sal, faremos", afirmou, depois de participar da posse da nova diretoria do ONS, no Rio.
O país não faz leilões de blocos de petróleo desde dezembro de 2008. Naquele ano, foi realizada a 10ª Rodada da ANP (Agência Nacional do Petróleo), que não atraiu grandes empresas internacionais, pela falta de oferta de áreas com grande potencial. Em 2007, o governo havia decidido tirar os prospectos do pré-sal da bacia de Santos dos leilões. Desde 2006, o chamado "filet mignon" do setor não é ofertado. Ainda assim, naquele ano, a 8ª Rodada foi suspensa pela Justiça e os contratos nunca foram assinados.
Sobre o setor elétrico, Zimmermann disse ver como positiva a entrada da estatal chinesa State Grid no setor de transmissão brasileiro. Na semana passada, a companhia pagou R$ 3 bilhões pelo controle da Plena Transmissoras, que era controlada por empresas espanholas. A chegada dos chineses poderá ampliar a competitividade dos leilões, reduzindo as tarifas, já que leva o direito de construir as linhas quem apresentar a menor receita com o empreendimento.
O próximo leilão está previsto para o próximo dia 11, e até lá, a compra da Plena ainda não estará aprovada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Com isso, os chineses só deverão participar da licitação prevista para o segundo semestre. O diretor de engenharia da Eletrobras, Valter Cardeal, minimizou a concorrência chinesa. "Esperamos a presença deles com naturalidade. Vamos competir em condições de igualdade", comentou.
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