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Nacional
Segunda - 24 de Maio de 2010 às 12:30

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Renato Cobucci/Agência Estado
Cratera na pista do anel rodoviário próximo ao trevo do bairro Betânia, em BH, aberta após forte tempestade
Cratera na pista do anel rodoviário próximo ao trevo do bairro Betânia, em BH, aberta após forte tempestade
O Brasil precisa gastar ao menos R$ 183,5 bilhões para melhorar as estradas do país, o que inclui investimentos em duplicação e recuperação, além da construção e pavimentação de novas rodovias, segundo levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado nesta segunda-feira (24).

De acordo com a pesquisa, desse total R$ 144,18 bilhões - quase 80% das necessidades do país - seriam destinados a recuperar, adequar ou duplicar a atual malha rodoviária. Outros R$ 38,5 bilhões seriam voltados à construção e pavimentação de estradas.

O estudo cita dados da Fundação Dom Cabral e do WEF (Fórum Econômico Mundial, na sigla em inglês), que mostram que o Brasil tem a terceira malha rodoviária mais extensa do mundo, mas apenas 12% dessas vias são pavimentadas. Hoje 61% das cargas transportadas no país viajam por rodovias.

- Desde a década de 1950 a matriz de transporte brasileira tem se mantido desequilibrada, com larga vantagem para o transporte rodoviário, cujos custos muitas vezes superam aqueles apresentados por outros modos de transporte.

Como explicação para a persistência desse modo de transporte de carga no país, o Ipea aponta vantagens como: custos relativamente menores de construção das vias; foco de curto prazo dos planejamentos de transporte; flexibilidade de rotas; movimentação de pequenos volumes; menor custo de operação; e menores custos de embalagem.

Mesmo assim, as rodovias brasileiras não têm a qualidade desejada - dados da Pesquisa Rodoviária 2009 da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), realizada em 89.552 quilômetros da malha rodoviária pavimentada do país, mostram que, dos 75.337 quilômetros sob gestão pública, 37,7% são classificados entre ótimo e bom; 45,8% regular; e 26,4% entre ruim e péssimo.

A má qualidade das rodovias brasileiras ainda eleva os custos operacionais do transporte - que ficam entre 19,3% e 40,6% mais altos do que seriam em condições ideais.





Fonte: Do R7

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