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Segunda - 24 de Maio de 2010 às 11:16
Por: Thalita Araújo

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O ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) Ubiratan Spinelli, preso pela Polícia Federal em Belo Horizonte na sexta-feira (21) durante a Operação Jurupari, de combate a crimes ambientais, será tranferido para Cuiabá nos próximos dias.

A defesa de Spinelli, por meio do advogado Francisco Esgaib, conseguiu deferimento da transferência do ex-conselheiro junto à Justiça Federal, bastando agora aguardar procedimentos de praxe entre as PFs de Minas Gerais e Mato Grosso para que a tranferência seja efetuada, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Em entrevista ao Olhar Direto, Esgaib afirma ainda a defesa irá entrar com pedido de revogação da prisão junto ao Tribunal Regional Federal (TRF).

“Não há fundamentação jurídica para a prisão de Ubiratan Spinelli. Não há causas que justifiquem a detenção da maneira como foi feita”, pontua o advogado, acrescentado que seu cliente não oferece qualquer perigo, tem mais de 70 anos e possui residência fixa.

Operação Jurupari

A Operação Jurupari foi deflagrada na sexta-feira (21) pela Polícia Federal para reprimir crimes ambientais, como extração, transporte e comércio ilegal de produtos da Amazônia. Foram expedidos pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso e ainda em São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo. Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas.

As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O valor mínimo dos danos ambientais causados pelos investigados, nestes últimos anos, é de aproximadamente R$ 900 milhões.






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