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Segunda - 24 de Maio de 2010 às 09:25
Por: Jonas Jozino

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A Superintendência da Polícia Federal de Mato Grosso, garantiu na manhã desta segunda-feira, através de sua assessoria de imprensa que nenhuma das prisões ocorridas na Operário Jurupari foi feita por engano. O esclarecimento foi feito diante da repercussão da decisão da Justiça, em Brasília, em mandar soltar o empresário Carlos Antônio Azóia, o Nino, genro do deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa José Geraldo Riva.

Azóia foi solto no final da noite de domingo, após decisão da juíza substituta da Segunda Vara Federal, Vanessa Curti Perenha Gasquez, que revogou a prisão atendendo pedido do advogado Válber Melo. A defesa alegou que o pedido de liberdade foi embasado pelo fato do nome de Azóia não constar da decisão expedida pelo juiz da Primeira Vara Federal, Julier Sebastião da Silval. De acordo com o despacho do magistrado, existia apenas o mandado de busca e apreensão contra o empresário.

Em ligação telefônica para o portal de notícias “24 Horas News”, a assessoria de imprensa da Polícia Federal desmentiu a informação do advogado do genro de Riva de que sua prisão havia sido ilegal. “Isso não existe. Nossos agentes só prendem com um mandado de prisão em mãos. O acusado é obrigado a assinar este mandado de prisão. Portanto, todas as detenções foram feitas rigorosamente na lei”, disse a assessora.

A PF esclareceu ainda que até o momento não manteve nenhum contato com o juiz Julier Sebastião da Silva, titular da Primeira Vara Federal e responsável pela expedição dos 91 mandados de prisão. A defesa do empresário cita que o despacho do juiz Julier consta apenas 73 nomes e que 18 presos estavam fora da lista.

Dentre as principais irregularidades constatadas pela Polícia Federal estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas.

As investigações começaram há dois anos e PF apurou irregularidades praticadas em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais. Foram presos madeireiros, proprietários rurais, engenheiros florestais, servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.






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