Entram na conta gastos como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), DPVAT (seguro obrigatório), documentação e TAC (Taxa de Abertura de Crédito), que também variam de acordo com o carro e o plano de financiamento.
Na simulação feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a pedido da Folha, o valor mais alto do carro novo anula o benefício da taxa baixa.
"A redução da diferença entre a taxa de juros para usados e novos aproximou os planos de financiamento. No fim das contas, é melhor comprar um novo", afirma Eduardo Alves, professor de economia da FGV.
A taxa média para carros novos é de 1,40% ao mês, segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). Para usados, vai a 1,71%.
O carro seminovo da simulação tem R$ 1.000 a menos de custos adicionais considerando uma compra deste mês -com IPVA e DPVAT pagos pelo antigo proprietário.
Arte Folha | ||
ENTRADA
A transferência de documentação do carro seminovo tem valor semelhante ao do emplacamento do carro zero-quilômetro -a mais, só o valor da primeira placa.
Em ambos os casos, uma alternativa seria pagar parte do valor do carro à vista.
"A entrada tem a vantagem de diminuir o montante a ser financiado, aliviando o peso dos juros e o valor das parcelas. Quanto maior a entrada, melhor", diz Alves.
Cuidado para não ser seduzido pelas parcelas. Considere o valor total a ser pago com os juros. Pode ser mais vantajoso esperar e dar uma entrada maior.
Keyler Rocha, professor de economia da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo), afirma que o valor da parcela mais baixo é decisivo para clientes que optam por planos longos.
"Mesmo com o total a prazo mais elevado, o consumidor é atraído porque não tem a quantia para o pagamento à vista", avalia Rocha.
O ideal é que o valor da parcela do financiamento não comprometa mais do que 30% do orçamento familiar.
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