Republicano reafirma apoio à petista, mas prioriza candidatura a senador em Mato Grosso
Por Senado, Maggi não assume campanha de Dilma
Pré-candidato ao Senado, o ex-governador Blairo Maggi (PR) considerou difícil assumir em Mato Grosso a coordenação da campanha à Presidência da República de Dilma Roussef (PT). Maggi tem simpatia da cúpula nacional do PT, por conta do bom trânsito que tem no meio do agronegócio e pelos altos índices de aprovação que deixou ao renunciar ao Palácio Paiaguás.
"É difícil conciliar a campanha ao Senado com a coordenação da campanha à Presidência. Tenho que visitar muitos municípios, preocupar-me com as estratégias da minha campanha, mas, em momento algum, vou deixar de apoiar a candidatura da ex-ministra Dilma Roussef", afirmou Maggi, em entrevista exclusiva ao Midianews.
Maggi participou, neste final de semana, do Mega Leilão da Estância Bahia, que comercializa cabeças de gado. O republicano revelou que a própria Dilma Roussef o convidou para ser um dos coordenadores da sua campanha nacional, porém, informou de imediato que a proposta deveria levar em consideração uma série de análises.
"Fiquei honrado com o convite da Dilma, mas fui sincero e não decidi gerar falsas expectativas. Avisei que seria difícil porque tenho o compromisso com meu grupo político de ser candidato ao Senado", destacou.
Confiança
Maggi afirmou ainda que acredita ser "perfeitamente viável" a vitória da petista Dilma Roussef na disputa pela Presidência da República. Conforme pesquisa divulgada no sábado (22) pelo Jornal Folha de S. Paulo, Dilma cresceu sete pontos percentuais e igualou aos 37% do seu principal adversário José Serra (PSDB). O Instituto Datafolha apontou ainda que a petista leva vantagem contra o tucano numa simulação de segundo turno: 46% contra 45%.
"A Dilma Roussef tem um discurso consistente, que revela sua capacidade de administrar o país. Não podemos compará-la ao fenômeno que é o presidente Lula, mas tem seu brilho próprio e vai se destacar na campanha", comentou.
Maggi disse entender que as críticas à falta de experiência política e administrativa não afetam Dilma Roussef. "Já está comprovado que pessoas com capacidade técnica dão bons resultados na política. A Dilma vai ter um ótimo auxiliar, que é um dos políticos mais experientes e habilidosos do país, o [deputado estadual por SP e presidente da Câmara Federal] Michel Temer. Particularmente, aprendi a admirar Dilma, é uma mulher de pulso firme e com capacidade gerencial acima da média", disse o ex-governador.
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