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Politica MT
Domingo - 23 de Maio de 2010 às 10:15
Por: Ana Rosa Fagundes

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Investigação da Polícia Federal aponta que a propriedade em nome de Janete Riva, esposa do deputado estadual José Riva (PP), causou dano ambiental no valor de R$ 38 milhões. Conforme apurado pela Polícia Federal na operação Jurupari, a fazenda teria explorado madeira das reservas indígenas Kayabi e Erikpats.

A fazenda Paineiras, em nome de Janete, está localizada em Juara, Segundo a investigação, a fazenda de Janete era utilizada para “esquentar madeira” (termo utilizado para caracterizar fraudes em guias florestais) proveniente de extração irregular.

A investigação da Polícia Federal revelou que o controle de toras foi realizado de maneira fictícia e emissões de guias florestais de forma fraudulenta, o que possibilitou a exploração de outras áreas de floresta, além da fazenda Paineiras, como nas terras indígenas Kayabi e Erikpats, que ficam em média distantes 40 quilômetros do perímetro da fazenda.

Isso só foi possível porque, segundo a PF, as autorizações de guia se davam mediante prática de tráfico de influência. Curioso é que não aparecem interceptações telefônicas de Janete na decisão da Justiça que pede as prisões preventivas, apenas diálogos do deputado Riva com Afrânio Cesar Migliari, então secretário-adjunto de Meio Ambiente da Sema.

Em escuta do dia 12 de agosto de 2009, Riva deixa recado na caixa postal de Afrânio pedindo para ele verificar a Licença Ambiental Única (LAU) de sua propriedade. Afrânio, mesmo não estando em Cuiabá, liga para a superintendente de Gestão Florestal da Sema, Luciana Estevam (também presa na operação), que lhe repassa a informação de que o processo do deputado não havia sido aprovado.

Riva pergunta com quem uma pessoa a seu mando por falar na Sema para ajudar no caso, já que Afrânio informa que os processos de LAU não estão mais sob sua responsabilidade. Segundo o inquérito, após certo tempo a LAU da propriedade foi emitida.

Entre o recado na caixa postal de Afrânio deixado por Riva e a resposta do servidor ao deputado demorou menos de 10 minutos, caracterizando a presteza e grau de relação entre Riva e o servidor da Sema.

Riva atribui ao procurador Mário Lúcio Avelar e ao juiz Julier Sebastião da Silva perseguição política. Para ele, já que o juiz e o procurador não podem prendê-lo, quiseram atingi-lo atacando sua família.






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