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Terça - 06 de Agosto de 2013 às 10:08

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Ocupar o cargo de líder do governo na Assembleia Legislativa deve prejudicar o Partido da República (PR). A avaliação é do deputado estadual Zeca Viana (PDT), que acredita que o novo dono do posto, deputado Hermínio Jota Barreto (PR), não conseguirá conter a insatisfação dos colegas em relação ao Executivo. 



Para Zeca, que atua como uma das principais lideranças da oposição na AL, o governo Silval Barbosa (PMDB) está “mau das pernas” e, por isso, Barreto deve enfrentar desgaste, em especial, ao enfrentar os deputados que representam o interior do Estado. 



“Não entendo como o PR não questionou a aceitação do posto, porque o exercício do cargo de líder diante dessa situação do governo pode prejudicar o partido. O Barreto não terá condições de defender o governo. Pode até fazer isso nos discursos, mas efetivamente não, porque não tem defesa”, analisa. 



Jota Barreto foi nomeado líder no lugar de Romoaldo Júnior (PMDB) no final do mês passado. Contudo, o fato não foi aceito pelo PR, como Zeca menciona. Segundo o secretário-geral do partido, deputado Emanuel Pinheiro, a legenda não foi consultada pelo correligionário antes de tomar a decisão de aceitar o convite do governador. 



“Foi um parto que poderia ter sido natural, mas acabou sendo precoce. Barreto é experiente, sem máculas, mas a indicação deveria ter sido submetida à bancada do PR que, aliás, é a maior. Faltou conversar com o partido e esse não é um bom começo. Mas reconheço o valor dele e vou apoiá-lo”, disse Emanuel na época. 



Barreto era cotado para assumir a liderança desde o ano passado, quando Romoaldo, ao assumir a vice-presidência da mesa diretora, ponderou que seria necessário deixar o posto de defensor do governo. 



Na ocasião, o próprio Barreto negou interesse e abriu a oportunidade para que outros nomes fossem cotados. A troca, por sua vez, foi postergada até julho, quando Romoaldo entregou o cargo alegando desavenças com o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf (PR). 



A atuação efetiva do republicano como líder começa nesta semana, com o retorno das atividades na AL. Ele terá que enfrentar logo nos primeiros dias o possível debate sobre a aprovação ou não da lei de iniciativa popular que pede a revogação da lei que autoriza a implantação das organizações sociais de saúde (OSSs) no Estado. 



Outros assuntos que devem voltar à pauta no Parlamento são os requerimentos para a abertura de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que contra o governo: a do Fundo Estadual de Habitação e Transporte (Fethab) e a dos medicamentos vencidos. (PV) 





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