PSDB tenta conquistar apoio de partidos que devem entrar na aliança nacional com o PT
Serra “rouba” palanques de Dilma nos Estados
As coligações, no entanto, só serão definidas nas convenções nacionais das legendas, que acontecem até o dia 30 de junho.
De acordo com o PSDB, o partido terá candidatos próprios ao governo em pelo menos 15 Estados. Em quatro, deverá contar com nomes dos partidos que compõem a aliança nacional de Serra e, no restante, avança para subir nos palanques de dissidentes dos partidos que devem fazer parte da coligação de Dilma.
A maior fonte dessas dissidências está no PMDB, que no Mato Grosso do Sul tentará reeleger André Puccinelli. Adversário político do PT no Estado, Puccinelli teve o apoio dos tucanos em 2006 e promete repetir a parceria neste ano.
Mais uma conquista do PSDB no campo adversário foi o apoio do PMDB em Pernambuco. Lá, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) é pré-candidato ao governo e já declarou ser “serrista” desde criancinha.
Outra possível traição do PMDB à aliança nacional ganha força no Rio Grande do Sul com o candidato do partido ao governo do Estado, José Fogaça. Embora negue qualquer acordo, Fogaça se reuniu com Serra em Porto Alegre no início do mês. Um dos fatores que ajudam nas especulações é eterna briga PT x PMDB no Estado.
O PSB do deputado federal Ciro Gomes (CE) também entrou na mira de Serra. Na Paraíba, o tucano vai contar com o apoio do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), que teve sua pré-candidatura ao governo alavancada pelo ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado em 2009 por irregularidades na campanha de 2006.
Seguindo pelo Nordeste, o possível apoio de Dilma à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão levou o pedetista Jackson Lago para o lado tucano. O PDT, no entanto, é mais um dos partidos que devem fechar com a petista na disputa nacional até o fim de junho.
A exceção na conta dos tucanos é o Rio de Janeiro, onde o PSDB fechou acordo com o PV da presidenciável Marina Silva para apoiar a candidatura de Fernando Gabeira (PV) ao governo.
Serra ainda está com palanque indefinido no Distrito Federal e no Amazonas. No primeiro, o medo de se contaminar com respingos do escândalo que derrubou José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) faz com que o PSDB pregue a neutralidade mesmo com duas opções de palanque: Alberto Fraga (DEM) e Joaquim Roriz (PSC).
Já no Amazonas, a recusa do senador Arthur Virgílio (PSDB) em se candidatar fez com os tucanos ficassem sem candidato ao governo do Estado. A opção deve ficar no apoio à candidatura do atual governador, Omar Aziz, do nanico PMN.
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