Traficantes invadem base da Polícia Militar em busca de armamento
Traficantes de drogas da região do Coxipó podem estar por trás da invasão da Companhia Comunitária do Moinho, onde bandidos tentaram entrar no prédio para furtar dezenas de armas pertencentes aos policiais militares. A tentativa de furto ocorreu na madrugada da terça-feira passada. Os ladrões chegaram a invadir o prédio, pelos fundos, mas um soldado que estava de plantão desconfiou do barulho e atirou para o alto. Os ladrões correram para um matagal. Os policiais disseram não saber quantos bandidos participaram da invasão porque o local é escuro.
O policial acionou a viatura que estava fazendo rondas nas proximidades e ainda pediu reforço. Eles cercaram o terreno onde os bandidos teriam se escondido, mas não conseguiram localizá-los. Os PMs acreditam que os criminosos tenham embarcado em algum veículo estacionado nas proximidades.
Os policiais suspeitam que a invasão seja uma ação de traficantes da região, em busca de armas. Com revólveres e pistolas pertencentes aos policiais – assim que termina o turno, as armas são guardadas nos respectivos armários – em mãos, os traficantes teriam um verdadeiro arsenal para alugar a assaltantes e também viciados. Com isso, garantiriam um “extra” com os ladrões e tinham a garantia de que os usuários de drogas poderiam pagar pelo que consomem. O Serviço de Inteligência dos batalhões da Capital investigam o atentado.
Havia a informação de que os bandidos tinham levado dois revólveres, mas o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, confirmou apenas a tentativa. “Não levaram nada da Companhia (da PM). Houve uma tentativa”, informou.
Segundo o comandante, desde o início do mês a Polícia Militar realizou mais de 30 ações de combate ao tráfico de drogas na Capital, prendendo cerca de 40 pessoas, em diversos bairros. Ele não descarta a hipótese de se tratar de uma reação dos bandidos, principalmente de traficantes.
“Estamos seguindo à risca o plano de ação na segurança, lançado pelo governador. O combate ao tráfico de drogas é prioridade zero. É natural que com tanto repressão ao crime havia uma reação”, observou.
Essa é a segunda ação criminosa contra uma companhia da Polícia Militar na Capital. Na mesma semana, bandidos jogaram uma bomba de fabricação caseira em frente à Companhia do Pedregal. O artefato estourou chamando a atenção dos policiais plantonistas. O coquetel molotov foi seguido de vários telefonemas com ameaça aos PMs, devido ao trabalho de repressão ao tráfico no Complexo Pedregal/Leblon nas últimas semanas.
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