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Internacional
Sábado - 22 de Maio de 2010 às 16:57

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AFP
Curiosos e equipes de resgate visitam o local do acidente aéreo na cidade indiana de Bangalore; 158 pessoas morreram
Curiosos e equipes de resgate visitam o local do acidente aéreo na cidade indiana de Bangalore; 158 pessoas morreram

 

A queda do avião da Air India neste sábado (22) já é o sexto grande acidente aéreo ocorrido em 2010. As vítimas contabilizadas nesses desastres já chegam a 453 – com as 158 mortes confirmadas até o momento na India –, número que já é o maior em sete anos para o período entre janeiro e maio e supera o registrado em todo o ano de 2008: 436 mortos.

Nos últimos anos, os acidentes de 2010 só não mataram mais pessoas entre janeiro e maio do que em 2003, que registrou 12 quedas, com 759 vítimas – 517 delas em apenas três desastres, no Iran, na Argélia e no Congo, segundo o site Airdisaster.com, que contabiliza os mortos em desastres aéreos.

O número ainda está longe do contabilizado em 2005, ano que conta com o maior registro de vítimas fatais em quedas de aeronaves, 1.156 pessoas, contabilizou 220 mortos no período entre janeiro e maio.

O Brasil está envolvido em três dos maiores acidentes aéreos da década: em 2006, 155 pessoas morreram na queda do avião da Gol, em Mato Grosso; em 2007, o desastre com o avião da TAM, em São Paulo, teve 186 vítimas; e, em 2009, um Airbus 330 da Air France, que sumiu dos radares quando sobrevoava o oceano Atlântico, transportava 228 passageiros.

O acidente deste sábado envolveu um avião procedente de Dubai com destino à cidade indiana de Bangalore. A aeronave explodiu logo após o pouso, em uma das piores tragédias aéreas da história da Índia.

Um dos sobreviventes escapou ileso do acidente, enquanto outros quatro sofreram ferimentos leves e três tiveram graves lesões, informou o ministro de Aviação Civil, Praful Patel, em entrevista coletiva à emissora NDTV.

 

Ministro diz que avião não explodiu

Após visitar o local do acidente e os feridos no hospital, Patel explicou que o Boeing-737 da Air India Express - a companhia aérea estatal de baixo custo - saiu da pista do aeroporto ao aterrissar e chocou contra uma barreira de sacos de areia antes de capotar e bater com uma das asas contra uma estrutura de concreto.

Após perder a asa, o avião caiu de 200 a 300 metros por um barranco, onde pegou fogo depois de alguns minutos. Segundo Patel, não chegou a ocorrer uma explosão - o fogo foi se estendendo gradualmente.

E graças a esses minutos e ao fato de não ter havido explosão é que os oito sobreviventes (entre eles, uma mulher) puderam sair do avião por uma grande rachadura aberta na fuselagem. Eles ocupavam assentos entre as fileiras 7 e 23.

Patel se disse "triste pela perda de vidas humanas, de 158 pessoas", inclusive a tripulação, em uma segunda entrevista à imprensa, já em Délhi, após informar o primeiro-ministro, Manmohan Singh, sobre o acidente.

No início da noite na Índia, as equipes de socorro haviam conseguido resgatar os 158 cadáveres, dos quais até agora 72 deles foram identificados, informou à agência PTI um oficial da Polícia local, Seemanth Kumar Singh. Muitos dos corpos estavam completamente carbonizados, assim como os restos do avião.






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