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Internacional
Sábado - 22 de Maio de 2010 às 15:47

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou neste sábado a nova estratégia de segurança nacional, baseada no engajamento diplomático e nas alianças internacionais. O tom foi o mesmo de discursos anteriores de Obama, que já alertara que os EUA não podem agir sozinhos e que os tempos de política externa belicista do republicano George W. Bush ficaram para trás.

Obama aproveitou o evento na Academia Militar dos Estados Unidos para descrever sua nova estratégia, oito anos depois do então presidente Bush subir neste mesmo palanque para falar da guerra ao terror pós-ataques de 11 de Setembro.
 

Daniel Barry/Efe
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fala da nova estratégia de segurança
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fala da nova estratégia de segurança



"Sim, estamos conscientes das deficiências do nosso sistema internacional. Mas a América não conseguiu ser bem sucedida por sair das correntes da cooperação internacional. Conseguimos dirigindo as correntes no sentido da liberdade e da justiça, para que as nações prosperem no cumprimento das suas responsabilidades e enfrentem as consequências se não o fizerem", disse Obama, aos cadetes recém-graduados.

Obama disse ainda que os EUA "estarão firmes no propósito de fortalecer as alianças antigas que nos serviram tão bem", enquanto também tenta "construir novas parcerias e de forma mais forte as normas internacionais e instituições".

"Este compromisso não é um fim em si mesmo. A ordem internacional que buscamos é aquela que pode resolver os desafios de nossos tempos".

O discurso do presidente não era destinado apenas para os mil jovens no Estádio Michie, mas também para os países que viram na mudança do governo Bush para o governo Obama uma chance de reatar laços congelados.

Obama falou ainda de como os EUA mudaram --com a Guerra do Iraque chegando ao fim e a Guerra no Afeganistão ganhando um reforço de 30 mil homens.

"Esta guerra tem mudado ao longo dos últimos nove anos, mas não é menos importante do que era naqueles dias após o 11 de Setembro", disse Obama. O democrata lembrou ainda seu anúncio, no mesmo local, há seis meses, para enviar os soldados para o Afeganistão e previu dias difíceis pela frente.

"Não tenho dúvidas de que, juntamente com nossos parceiros internacionais e afegãos, nós teremos sucesso no Afeganistão", confortou.

Obama falou ainda da vitória no Iraque, com o calendário de retirada que prevê a saída das tropas até 2011. Ele atribuiu isso, contudo, ao Exército e não ao presidente Bush, que ordenou o envio de um reforço em 2006 e 2007 para reverter o crescimento da insurgência.

"Um Exército menor poderia ter visto o seu espírito enfraquecido", disse Obama. "Mas os militares americanos são mais resistentes do que isso. Nossas tropas se adaptaram, persistiriam e, em parceria com a coalizão e as tropas iraquianas, e graças à sua competência, criatividade e coragem, estamos prontos para terminar a nossa missão de combate no Iraque."

Obama falou ainda das duas tentativas de ataque frustradas nos EUA --o nigeriano que queria explodir um avião no Natal e o carro-bomba na Times Square-- e atribuiu-as ao esforço crescente dos grupos radicais no exterior. "Estes ataques nos mostram que a pressão sobre as redes terroristas como a Al Qaeda está forçando-os a confiar em terroristas com menos tempo e espaço para treinar", disse ele.

Obama defendeu ainda os esforços para rever as políticas de contraterrorismo --que geraram fortes críticas de que ele está enfraquecendo as defesas da América. "Nós não devemos descartar as nossas liberdades porque os extremistas tentam explorá-las", disse ele. "Nós não podemos sucumbir a divisão, pois os outros tentam nos separar."

Com agências internacionais






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