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Nacional
Sexta - 21 de Maio de 2010 às 22:06

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Paul Winters, professor da American University e consultor na área de Avaliação de Impacto, foi um dos participantes do segundo dia do IV Encontro Prodetur Nacional. Ele abordou a importância de se entender de forma precisa qual a contribuição do turismo para os avanços socioeconômicos no mercado atual. Segundo ele, o diferencial de um bom projeto começa logo em seu início: pesquisas e dados para subsidiar a iniciativa.

Para Paul, planejamento e políticas são chaves essenciais para que o projeto chegue aos resultados esperados, e no turismo não é diferente. É preciso ter indicadores sobre a região em questão, como o turismo está inserido na economia local, onde e como os turistas gastam seu dinheiro, para onde esse capital recebido por hotéis e restaurantes tem ido. “Há especificidades e é preciso ter em mente que o número de turistas e quanto eles estão gastando não quer dizer tudo”, explica.

O professor mostrou confiança na formatação do Prodetur, que tem criado condições para o desenvolvimento de polos turísticos dentro de um mesmo estado. “A ideia de regionalização a partir de um trabalho de qualificação de gestores e de profissionais, de descentralizar a gestão, de aumentar a formalidade, tudo isso me parece no caminho certo.” Paul avalia que promover um trabalho profundo de coleta de dados sobre o atual estágio do turismo nesses locais é um dos próximos passos a serem tomados.

Marion Pinot Libreros, especialista na ferramenta de avaliação turística conhecida como contas satélites, apresentou os benefícios e dificuldades do sistema. “É um mecanismo usado para o levantamento de dados turísticos, que mantém relação com informações macroeconômicas. É usado em vários países, principalmente Europa, e requer uma base estatística confiável e completa.”

As contas satélites envolvem informações a partir de dados sobre consumo, gastos, produção e impostos. Segundo Marion Libreros, pesquisas com essa profundidade são importantes porque o turismo não pode ser visto como uma única indústria. “É interessante porque as tabelas inserem componentes que normalmente não se consideram em pesquisas turísticas, como a relação dos moradores com os produtos turísticos.”

As contas satélites acabam permitindo uma relação sistemática entre demanda gerada pelos visitantes e a oferta gerada pelas atividades turísticas. Daí podemos detalhar e comparar os componentes da pesquisa, reunindo elementos para projetos mais eficientes, com objetivos mais precisos.






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