Na OMS, Unasul obtém novas regras para combater doenças
"Queremos estratégias inovadoras e sustentáveis para a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos para doenças que não recebem atenção, e que se traduzam em remédios de alta qualidade e acessíveis", afirmou David Chiriboga, ministro de Saúde do Equador, em nome da Unasul após a aprovação da resolução.
Ele se referia a doenças "esquecidas" por laboratórios, como a malária, a dengue, o mal de Chagas, a tuberculose que, ao acometerem apenas os países mais pobres, sem grandes retornos financeiros, deixaram de interessar a grupos farmacêuticos, que preferem atacar o câncer, a diabetes ou as cardiopatias (doenças cardiovasculares), presentes nos países industrializados.
A Unasul, que envolve 12 países da América do Sul, intervém assim pela primeira vez na diplomacia mundial da saúde, revolucionando as normas vigentes na OMS com essa resolução, que instaura o princípio de que são os especialistas propostos pelos Estados membros que devem formular as propostas para enfrentar suas doenças.
A Unasul também questiona o Grupo Internacional de Luta contra a Falsificação de Medicamentos (IMPACT, em inglês), associado à OMS, afirmando que supostamente atuariam favorecendo as indústrias farmacêuticas, em detrimento do comércio de medicamentos "genéricos", que costumam ser taxados de falsos.
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