"Boom" nos dados exclui benefício para equipamentos para redes
Empresas como Alcatel-Lucent, Ericsson, Huawei e Nokia Siemens Networks estão todas apostando que o desejo dos consumidores por navegar na web e assistir a vídeos com seus celulares e laptops venha a forçar as operadoras de telefonia móvel a investir pesadamente em estações-base, novas tecnologias e outros equipamentos.
No entanto, está longe de ser claro que a ampliação da capacidade de dados das operadoras de telefonia móvel venha a elevar os lucros das fabricantes de equipamentos, porque os preços de seus produtos continuam a cair.
O fundador e presidente-executivo da consultoria de telecomunicações Northstream, Bengt Nordstrom, viu "uma grande ampliação de capacidade" em muitas operadoras, nos últimos anos, "mas isso não foi refletido nos negócios dos fornecedores de equipamentos".
"As operadoras de telecomunicações não precisam expandir seus orçamentos para investimentos porque os equipamentos estão ficando muito baratos", disse Nordstrom. "Elas estão comprando mais com o mesmo dinheiro, e a tecnologia é toda padronizada, de modo que em situações de concorrência tudo parece igual."
O vice-presidente financeiro da France Telecom, Gervais Pellissier, confirmou essa interpretação durante a Reuters Global Technology Summit, em Paris, na quinta-feira, afirmando que a empresa não tinha planos para elevar seus investimentos como proporção da receita, nos próximos anos, a fim de atender à alta no tráfego móvel de dados.
"Não creio que isso [o tráfego móvel] resultará em alta de investimentos no futuro, porque veremos redução nos preços dos equipamentos", disse Pellissier.
"Também continuaremos a reduzir progressivamente os gastos com redes 2G, que são especialmente altos em alguns países, com destaque para os custos de manutenção", completou.
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