Operação investiga suspeita de venda de sentenças.
Justiça liberta advogado preso durante a Operação Asafe
Mais uma das pessoas presas durante a Operação Asafe, deflagrada esta semana em Mato Grosso, foi solta pela Justiça. O advogado Max Weyze Mendonça, que foi o último dos foragidos da polícia a ser preso na Operação Asafe, da Polícia Federal, foi liberado na noite desta quinta-feira. Ele havia se entregado na noite de quarta-feira à Polícia Federal de Cuiabá.
A informação foi confirmada por militares do 3º Batalhão da Polícia Militar, em Cuiabá, que é o local em que ele estava detido.
Na última quarta-feira, uma outra pessoa presa durante a operação havia conquistado a liberdade. Ivone Reis Siqueira, que teve a prisão decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) é esposa de um advogado. Ela é acusada de ser uma das intermediadoras de um esquema de exploração de prestígio e corrupção (suposta venda de sentenças) no judiciário em Mato Grosso. O conteúdo do depoimento de Ivone e também o pedido de liberdade da defesa foram encaminhados para a ministra Fátima Nancy Andrighi, do STJ, que revogou a prisão.
A operação
A investigação que resultou na Operação Asafe, da Polícia Federal, foi determinada pela ministra Fátima Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A apuração começou há três anos quando a Polícia Federal em Goiás verificou situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.
O inquérito judicial que apura o caso foi aberto pela ministra Nancy Andrighi no STJ e corre em segredo de justiça. Por conta disso, a PF não prestará informações sobre as investigações. A Polícia Federal apenas informou que pretende ouvir 40 pessoas durante a investigação.
Os crimes investigados são de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. A Polícia Federal explicou que o crime de exploração de prestígio é diferente do tráfico de influência, porque não envolve servidor público, mas pessoas ligadas a eles.
Comentários